Quem somos

A ASA é uma rede que defende, propaga e põe em prática, inclusive através de políticas públicas, o projeto político da convivência com o Semiárido. É uma rede porque é formada por mais de 3 mil organizações da sociedade civil de distintas naturezas – sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, ONG´s, Oscip, etc.

Essa rede conecta pessoas organizadas em entidades que atuam em todo o Semiárido defendendo os direitos dos povos e comunidades da região. As entidades que integram a ASA estão organizadas em fóruns e redes nos 10 estados que compõem o Semiárido Brasileiro (MG, BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI e MA).

Sua missão é fortalecer a sociedade civil na construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e a convivência com o Semiárido referenciados em valores culturais e de justiça social. E a ASA fortalece a sociedade civil mobilizando-a. Uma das estratégias que a Articulação utiliza para a mobilização social é a Comunicação Popular, assim como processos de sistematização de experiências e de intercâmbio entre as famílias agricultoras, que promovem a construção coletiva do conhecimento.

A ASA começou a defender a proposta de convivência com o Semiárido pela defesa do direito à água. Alimento necessário à vida e insumo para a produção de outros alimentos, a água tornou-se um elemento aglutinador de forças para essa rede que se formava no Semiárido. Assim, a ASA desenvolveu o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido, que hoje abriga todas as ações executadas pela rede como os programas Um Milhão de Cisternas (P1MC), Uma Terra e Duas Águas (P1+2), Cisternas nas Escolas e Sementes do Semiárido.

As ações da ASA estão pautadas, principalmente, na cultura do estoque de água, alimentos e sementes; e na criação de pequenos animais. Daí que as tecnologias de captação e armazenamento de água para consumo humano ao lado de casas e de escolas rurais e para produção de alimentos têm uma grande importância dentro desta estratégia. Além do estoque de água, o estoque de sementes também se faz necessário para que a população do Semiárido amplie ainda mais as condições práticas de conviver com a região. Assim, foi lançado em 2015 o Programa Sementes do Semiárido.

Para ser cada vez mais plena, a proposta de convivência com o Semiárido se pauta também em preceitos, valores e práticas da Agroecologia, da Economia Popular e Solidária, da Educação Contextualizada, da Comunicação Popular, da Segurança Alimentar e Nutricional entre outras temáticas.

As experiências desenvolvidas e articuladas pela ASA e suas organizações provam que é possível reformular as bases estruturais do modelo de desenvolvimento rural gerador da insegurança alimentar no Semiárido. Elas revelam a possibilidade de estabelecer novas relações entre Estado e sociedade civil, nas quais o Estado assuma o papel de apoiar as iniciativas autônomas e criativas, gestadas no seio da sociedade. Além do mais, só com a participação cidadã de uma Sociedade Civil ativa será possível efetivamente democratizar o Estado, de forma a superar a cultura política dominada pelas práticas de assistencialismo e clientelismo responsáveis pela manutenção da malfadada “indústria da seca”.A principal causa do sucesso das ações da ASA consiste na gestão descentralizada dos recursos disponíveis a partir das necessidades locais. Essa gestão é feita por muitas outras redes, de diversas dimensões, formadas pelas organizações de base – associações, sindicatos, grupos de mulheres, grupos de jovens e outras formas organizativas. Assim se constrói uma ação política gestada pelas comunidades.

As ações da ASA estão pautadas, principalmente, na cultura do estoque de água, alimentos, sementes, animais e todos os elementos necessários à vida na região.

Espaços de participação

A ASA integra vários fóruns de construção, monitoramento e controle de políticas públicas, tais como:  

  • Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) 
  • Comitê Consultivo do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
  • Comitê de Desenvolvimento Territorial (CDT) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf)
  • Comitê Gestor do Projeto Dom Hélder Câmara (PDHC)
  • Comitê Gestor do Projeto Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil (OSCs)
  • Comitê Gestor Garantia Safra
  • Comitê Nacional dos Fundos Solidários
  • Comitê Técnico de Tecnologias Sociais do Programa Cisternas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
  • Comitê Permanente de Pesquisa e Inovação para a agricultura familiar e Agroecologia – CPPI/Condraf – Maria José / Barbosa
  • Comitê Gestor Nacional – CGN do ISPN – Neto Santos
  • Conselho de Participação Social – Cícero 
  • Conselho Permanente de combate à desertificação(CPCD)
  • Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) 
  • Conselho Nacional de Economia Solidária (CNES)
  • Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) 
  •  Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSAN)
  • Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS) 
  • Fórum de Gestores e Gestoras da Agricultura Familiar do Nordeste
  • Comissão Articulação Política (CAP) da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)  
  • Ponto Focal Nacional da Sociedade Civil para o Combate à Desertificação (Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas – UNCCD)
  • Programa de Apoio a Projetos Produtivos Solidários