Encontro em Pesqueira estimula a autonomia do homem do campo

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Equipe do Encontro Territorial do P1+2, realizado em Pesqueira

Rubiana de Melo Brito, jovem trabalhadora rural, veio de Venturosa para se juntar aos cerca de 40 participantes do Encontro Territorial de Agricultores e Agricultoras que integram o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação no Semi-Árido (ASA), organizado pela Cáritas Diocesana de Pesqueira. O evento aconteceu em Pesqueira nos dias 30 e 31 de agosto e ocorreu juntamente com o Encontro Comunitário, organizado pela mesma instituição. Os dois momentos aconteceram de forma integrada e buscaram despertar nos agricultores e agricultoras a consciência da importância da organização e da busca pelos seus direitos e políticas públicas que possam impactar positivamente a realidade nos municípios desses trabalhadores.

O momento contou com a presença de trabalhadores/as vindos de diversas cidades as quais a Cáritas Diocesana de Pesqueira atua. Além de Venturosa e Pesqueira, os municípios de Buíque, Tupanatinga, Arcoverde, Sanharó, Lajedo e Poção estavam representados no acontecimento. Os dois dias, de intensas atividades, possibilitaram a troca de informações e o diálogo sobre a realidade de cada cidade presente. Os/as agricultores/as puderam construir coletivamente as perspectivas para as melhorias da qualidade de vida de seus municípios e avaliaram a realidade e as necessidades e dificuldades de cada região.

Dentre os pontos abordados, os mais citados foram os que se referiam ao Seguro Safra, às necessidades de postos de saúde locais, da educação contextualizada, do transporte escolar, da conscientização do acesso ao crédito e de informações sobre o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A importância da união e organização dos trabalhadores para garantir esses direitos também foram bastante enfocadas. Entre os agricultores, ficou clara a importância de existir uma mobilização nas comunidades para que o acesso à essas políticas e benefícios possam acontecer, mas também é necessário discernir o que é assistencialismo e o que o grupo pode fazer para que a melhoria da qualidade de vida seja fruto, principalmente, de seus esforços.

“Hoje, vou levar muita coisa daqui, acordar as pessoas para as necessidades do município, da importância de um posto de saúde em Venturosa, por exemplo. Também mostrar a elas que elas  (sic) podem produzir e garantir o seu próprio sustento”, fala a agricultora Rubiana. Além da jovem, todos os outros participantes do encontro puderam levar para as suas comunidades a motivação de se mudar e melhorar a realidade onde vivem.

Gradativamente, a vida no Semiárido passa a ganhar perspectivas de desenvolvimento econômico e social. O acesso à informação é um passo crucial nesse processo e a Cáritas Diocesana de Pesqueira entra nesse meio para impulsionar essa autonomia do homem do campo e multiplicar o conhecimento entre os agricultores e agricultores pernambucanos.

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