Entidades de Pernambuco e Alagoas debatem novas perspectivas do P1MC
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Universalização do acesso à água foi amplamente discutido entre os participantes | Foto: Gleiceani Nogueira |
Equipes técnicas das Unidades Gestoras Microrregionais (UGMs) dos estados de Pernambuco e Alagoas e representantes da Coordenação Executiva da ASA PE se reuniram nos dias 11 e 12 de julho, em Serra Talhada (PE), para avaliar o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e planejar as atividades do termo de parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A perspectiva da universalização do acesso à água de beber também foi debatida no encontro.
Na manhã do primeiro dia (11), os participantes se dividiram em grupos para mapear os projetos desenvolvidos pelas UGMs e identificar de que forma eles dialogam com o P1MC. Todas as entidades desenvolvem diferentes ações em áreas como assistência técnica, juventude rural, agroecologia, meio ambiente, entre outros, em parceria com os governos estadual e federal e também com a cooperação internacional.
Na apresentação dos grupos ficou evidente a articulação entre o P1MC e os demais projetos executados pelas UGMs. De acordo com a assessora da coordenação do programa, Sandra Silveira, é importante que essas outras ações e projetos possam estar articulados com o P1MC tendo em vista que a construção de uma política de convivência com o semiárido engloba outros temas como produção de alimentos, assistência técnica e formação de jovens.
Um dos pontos mais debatidos foi a universalização das cisternas. O tema foi amplamente discutido entre os participantes. A representante da UGM Coopabacs, Rozilma Soares, acredita que a meta é um desafio para as organizações. Já o coordenador do programa pela Diocese de Caruaru, Rodolfo Melo, acredita que a universalização é o reconhecimento do trabalho da ASA e atuar nessa perspectiva significa ampliar o compromisso com as famílias agricultoras do Semiárido. “A obra da ASA é as famílias com acesso à água, através da participação das comunidades, e não simplesmente a construção de cisternas como as empreiteiras”, reforça Rodolfo.
De acordo com a coordenadora executiva da ASA, Neilda Pereira, está em negociação um novo convênio entre a ASA e o MDS. Segundo ela, a perspectiva da Articulação é de ampliação do P1MC dentro da meta da universalização do acesso à água do Programa Brasil Sem Miséria, lançado recentemente pelo governo federal.
Além disso, ela destacou o amplo debate que vem acontecendo junto ao MDS visando à continuidade dos processos, bem como a construção de outras ações de convivência com o Semiárido.
“Se hoje conseguimos ser reconhecidos junto ao governo e órgãos internacionais foi por causa do nosso processo de mobilização e formação, pela nossa ação concreta de uma política de convivência com o Semiárido”, reforça Neilda. Ela também avalia as perspectivas de construção do novo termo: “Serão mais famílias conquistando o seu direito de acesso à água. E isso é uma grande conquista das famílias, organizações, enfim, de todos nós que fazemos parte da ASA e dos parceiros que têm apostado na construção de um Semiárido com dignidade para todos os homens e mulheres”.
Na tarde do primeiro dia (12) as organizações fizeram o planejamento das atividades e no segundo dia (12) puderam tirar dúvidas sobre os processos administrativos e financeiros relacionados ao programa. Foram tratados temas como Regulamento de Compras, mapas de cotação, conciliações, entre outros.