Uma estratégia para contextualizar a educação rural no Semiárido

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Após avaliar o Projeto Cisternas nas Escolas, os atores envolvidos na ação em Alagoas acordaram importantes definições para a execução e continuidade do projeto. A depender deste grupo, o objetivo que se quer alcançar com o projeto é mais amplo do que garantir água nos períodos de estiagem, possibilitando a continuidade das aulas. A intenção é fazer com que a presença da cisterna na escola crie oportunidades de diálogos entre gestores, educadores e comunidades sobre educação contextualizada e possibilite o usa da água como instrumento pedagógico. 

Para ampliar e qualificar o debate em relação à educação contextualizada, um grupo de educadores envolvidos no Cisternas nas Escolas se dispôs a fazer parte da Rede de Educação Contextualizada do Agreste e Semiárido (Recasa) que oportuniza uma dinâmica de formação continuada e discussões políticas sobre esta temática no estado.

O primeiro encontro envolvendo este grupo de educadores na Recasa está agendado para os dias 12 e 13 de maio em Arapiraca, quando será discutida a proposta de formação dos professores para todo o ano de 2011. 

Reunião de avaliação – Nos dias 30 e 31, foi realizado em Arapiraca um encontro para avaliar e encaminhar o Cisternas nas Escolas. Professores, gestores das escolas, pais, representantes municipais da ASA avaliariam impactos, desafios e estratégias para a continuidade deste programa no estado.

Em Alagoas, serão atendidas sete escolas nos municípios de Arapiraca, Delmiro Gouveia, Girau do Ponciano, Mata Grande,  Igaci, Pariconha e Traipú. O projeto é executado pela Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA) e pela Cooperativa de Pequenos Produtores de Bancos Comunitários de Sementes (COPPABACS). Em alguns desses municípios, a cisterna está pronta, incluindo todo o processo de mobilização e capacitação, que envolve gestores municipais, educadores e comunidade escolar, onde são implantadas as cisternas.

Além dos atores envolvidos diretamente com o programa no estado, a avaliação contou ainda com a participação de uma representação da assessoria nacional do projeto e a apresentação da experiência de três das escolas que estão executando o programa.

Na oportunidade foram apontadas dificuldades como o diálogo com os gestores municipais, a inserção de outras secretarias que não as de educação neste processo de mobilização e construção, a comunicação do programa dentro dos municípios e o envolvimento de professores em espaços de formação e educação contextualizada.

Por outro lado, foram sinalizadas conquistas como a disponibilidade dos professores nos momentos de mobilização e formação, o interesse de pais e alunos tanto nos momentos de formação quanto para a organização da contrapartida da comunidade e a contrapartida dos municípios, principalmente em relação a construção das obras.

Outra grande conquista percebida é que muitos educadores já entendem a cisterna como um instrumento importante para a educação das crianças. “A maior intenção é que a cisterna venha como um instrumento pedagógico de educação contextualizada”, reforça Maria Helena, educadora do município de Igaci.

  
   

 

 

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