Projeto Cisternas nas Escolas mobiliza comunidades rurais de Bonito de Minas

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Pais e alunos mobilizados para a construção da cisterna que vai garantir água potável para o ano letivo.

Na região do Vale do São Francisco, em Minas Gerais, o programa Cisternas nas Escolas dá os primeiros passos para iniciar a execução da ação. A caminhada começa pelo município de Bonito de Minas, onde dez escolas municipais irão receber cisternas de placa com capacidade de armazenar 52 mil litros de água, que vão garantir água de qualidade e melhoria da saúde aos estudantes e comunidade escolar. As cisternas serão construídas através do Projeto Cisternas nas Escolas desenvolvido pela Articulação no Semiárido e executado na região pela Cáritas Diocesana de Januária.

Os moradores da comunidade Vargem Grande contam que sofrem com grandes problemas de acesso à água potável. Recentemente, eles fizeram um poço, mas a água é muito calcária. Com a vinda do Projeto Cisternas nas Escolas, a comunidade ficou entusiasmada e concordou em contribuir com o mutirão para a escavação do local onde será construída a cisterna e na manutenção da tecnologia com a limpeza. Tal envolvimento faz parte da metodologia participativa proposta pelo programa.

A servente da escola em Vargem Grande, Maria Aparecida Alves, conhecida como Cida, conta que na hora do lanche leva cerca de vinte crianças para sua própria casa, que fica a 500 metros da escola, para que os estudantes possam se alimentar. Cida afirma que toda a água consumida pela comunidade vem do córrego Grumixa, que fica bem atrás das casas, e tanto as crianças como os adultos têm alto índice de verminoses, pois o filtro de barro não consegue filtrar tudo.

A secretária de educação do município comprometeu-se com o fornecimento de água para a obra, além da alimentação para o mutirão da comunidade e para o pedreiro.

A realidade de Vargem Grande não é diferente da história de outras comunidades da região, onde não se tem acesso à água de qualidade. Por isso, a Cáritas Diocesana de Januária, junto a cerca de 1.000 organizações da sociedade civil, compõe a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), para construir soluções tanto para a dificuldade de água para consumo humano, quanto para a produção, garantindo assim a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do Semiárido.

* Comunicadora Popular da ASA
** Agente Cáritas Brasileira Regional


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