Reflexões e anseios marcam a tarde inicial do Encontro Nacional de Comunicação
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Um dos momentos do primeiro dia do Encontro Nacional de Comunicação da ASA girou em torno da seguinte questão: olhando para a nossa trajetória e para os nossos trabalhos de comunicação, podemos dizer que… A partir desta provocação, o grupo foi instigado a refletir sobre os instrumentos e processos de comunicação realizados pela rede e foram levantadas questões como a troca de experiências, a valorização dos sujeitos e das culturas, a construção de uma nova imagem do Semiárido, entre outras.
Após esta rodada de ponderações, a representante da coordenação executiva da ASA, Marilene Alves de Souza, conhecida como Leninha, fez uma fala de abertura política do encontro e trouxe em seu discurso uma retrospectiva do processo de comunicação na ASA. Ela listou ainda algumas das publicações realizadas nos últimos anos.
Enquanto conquistas, Leninha cita os comunicadores dos estados, via Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), o fortalecimento da comunicação nos estados e municípios e a comunicação como um instrumento de reconhecimento público da ASA, porém, coloca como uma preocupação que haja um avanço na comunicação enquanto um instrumento político e estratégico para efetivação dos objetivos da ASA.
“O papel da comunicação traz os valores culturais, as emoções… a comunicação que estamos fazendo no semiárido traz este elemento rico que não está na comunicação de massa”, diz Carlos Humberto Silva, coordenador executivo da ASA pelo estado do Piauí. Carlos Humberto diz ainda que a comunicação feita pela ASA é bonita, mas traz uma carga de sofrimento que caracteriza o semiárido e que, sobretudo, denuncia a ausência do estado nesta região e que é necessário avançar neste sentido sem perder o mote da alegria, da cultura e da transformação.
Finalizando a tarde, Viviane Brochardt, coordenadora da Assessoria de Comunicação (ASACom), acrescenta que a tônica do evento será a reflexão sobre a prática para a partir disto traçar orientações e estratégias para avançar no processo de comunicação.
A programação continuou à noite com uma roda em torno da fogueira onde os participantes socializaram poesias, causos e diversas peças do cancioneiro popular brasileiro. A animação teria sido completa não fosse pela chuva que teimava em espantar os animados cantadores/as e contadores/as da beira da fogueira.