Oficina discute construção de cisternas nas escolas rurais do Semiárido

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Coordenadores de 40 Unidades Gestoras Microrregionais (UGMs) do programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) estiveram reunidos nos dias 19 e 20 deste mês, em Recife/PE, numa capacitação que discutiu a preparação para o projeto Cisternas nas Escolas.

Essas organizações estão responsáveis por executar a construção de um total de 843 cisternas em escolas rurais dos municípios, através das parcerias que foram firmadas com a Cooperação Espanhola e com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O projeto já vem sendo implantado em fase piloto na Bahia e até o final de 2011 vai beneficiar 43 escolas em treze municípios.

A água da cisterna escolar será utilizada para o consumo de crianças, professores e funcionários de escolas. No Semiárido, é comum muitas escolas até pararem de funcionar por causa da falta de água. A cisterna também deve ser utilizada como instrumento pedagógico, sendo a questão convivência com o Semiárido trabalhada em sala de aula a partir dos conceitos da educação contextualizada.

Durante a capacitação, as UGMs participantes puderam construir, em conjunto, as metodologias de ação para a implementação das cisternas. Na manhã do primeiro dia (19), o coordenador executivo da ASA, Naidison Baptista, fez uma exposição sobre a importância da cisterna nas escolas e os desafios que estão postos para a implantação desse projeto.

“No processo de formação da ASA, nós trabalhamos as comissões, os pedreiros e as famílias. Hoje nós temos outro desafio: trabalhar a comunidade onde a escola está inserida. Essa comunidade tem que entender o papel da escola e entender como ela é responsável pelo controle social da escola. Temos que qualificar a comunidade e também a comunidade escolar”, afirma Naidison.

Rodolfo Araújo, coordenador da Diocese de Caruaru, acredita que é preciso pensar estratégias que envolvam o poder público, a escola e a comunidade. “Trabalhar a questão da água das cisternas nas escolas é muito importante para a ASA e é fundamental pensar no desenvolvimento sustentável que envolve não só as famílias, mas também a escola e o poder público”, reforça.

À tarde, as pessoas se dividiram em grupos para debater o conteúdo da cartilha que servirá como referência para a implementação do projeto. Foram sugeridas algumas estratégias que serão adotadas pelas organizações.

No dia seguinte (20), os participantes debateram como deve ser o trabalho inicial de diagnóstico das escolas que serão atendidas, os possíveis problemas a serem encontrados e as soluções que podem ser adotadas. Em seguida foi apresentado o vídeo-teatro “Cuidados com as Cisternas” e a série de desenhos animados “Água, vida e alegria no Semiárido”. Esse material será utilizado na formação das comunidades e da comunidade escolar.

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