Famílias agricultoras participam de curso para manejo econômico da água
A Cáritas Diocesana de Araçuaí realizou no mês de maio as capacitações dos beneficiários de cisternas-calçadão em manejo de sistema simplificado de água para a produção. Essa capacitação faz parte do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação no Semi-Árido – ASA – em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS. A Cáritas de Araçuaí é a entidade gestora desse Programa na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
O curso acontece nas diferentes comunidades atendidas pelo P1+2 nos municípios de Araçuaí, Francisco Badaró, Jenipapo de Minas, Itinga, Jequitinhonha, Virgem da Lapa, Chapada do Norte e Turmalina. Até o momento, 93 famílias participaram da experiência. A atividade continua no mês de junho até completar as 185 famílias beneficiadas com essa tecnologia, um reservatório de 52 mil litros que armazena água coletada através de um calçadão de 200 metros quadrados.
Em cada curso, participaram em média 13 pessoas, que ficaram sabendo da importância do uso econômico da água para a produção de alimentos, de forma a garantir a segurança e soberania alimentar das famílias agricultoras e a geração de renda. Além disso, foram ensinadas as técnicas de canteiro econômico, irrigação simplificada com cotonete e irrigação por gotejamento com garrafa pet. O curso teve como facilitadores o agricultor e diretor de meio ambiente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itinga, Valteir Soares Antunes, e as técnicas em agropecuária Talita dos Santos Vieira e Denise Martins Vieira.
Denise conta que as famílias agricultoras ficaram encantadas com as técnicas de irrigação econômica. “Antes de falar da água eu falava da reciclagem e fazia uma conscientização sobre o meio ambiente. Eles ficaram impressionados: ‘será que funciona?’, perguntavam antes”. A irrigação por cotonete é feita com uma mangueira de ½ polegada, na qual se faz furos de 30 em 30 cm e encaixa cotonetes. Antes, deve-se queimar uma das pontas e fazer um corte neles, que é por onde a água sai. “Quanto mais tiver pressão de água na mangueira, melhor resultado”, completa Denise.
Talita comenta que teve boa receptividade e as famílias acharam interessante ela ser mulher jovem e técnica agropecuária. Ela elogia o maior empenho das mulheres no curso. “As mulheres muitas vezes tem mais cuidado, todo um carinho para fazer, também porque isso ia facilitar a vida delas”, afirma.
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