Atingidos por barragens protestam contra barragens na Bahia
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Na última sexta-feira (7) cerca de 400 famílias ameaçadas pela barragem de Riacho Seco e Pedra Branca se mobilizaram na comunidade Cerca de Pedra, no município de Curaça/BA, contra a construção das duas usinas. Dois funcionários da Chesf, empresa interessada na construção das obras, foram impedidos de deixar a comunidade, depois de fazerem mais uma de suas visitas.
O clima foi bastante tenso no local e os agricultores alertaram de que se, não forem respeitados em suas posições, novas ações serão realizadas. Eles reclamam do método de trabalho realizado pela empresa. “A Chesf está fazendo o que chama de Reuniões Informativas e Oficinas Participativas, que para nós, não passa de uma forma de enganar o povo”, disse uma das lideranças. A argumentação dos atingidos é a de que essas reuniões serão parte do Estudo de Impacto Ambiental. “No entanto, a forma como estão sendo realizadas ilude de que será muito bom. Mas, o povo está alerta, tem vivo na memória os problemas de Sobradinho e farão de tudo para impedir a construção da barragem”, finalizou. Ainda no mesmo dia, as famílias realizaram uma assembleia e decidiram permitir a saída dos dois funcionários da Chesf.
A Companhia Hidroelétrica do Vale do São Francisco (Chesf) é a dona da Barragem de Sobradinho, uma das empresas ganhadoras do leilão de Belo Monte, e está pleiteando a construção das barragens de Belo Monte e Riacho Seco. Os agricultores e agricultoras querem a suspensão imediata das reuniões e das oficinas que estão sendo realizadas nos municípios ameaçados pelas barragens. A mobilização dez parte da continuação da jornada de lutas do 14 de março, onde os atingidos por Itaparica e Sobradinho e os ameaçados por Riacho Seco e Pedra Branca montaram acampamento na cidade de Sobradinho e ocuparam a sede da Chesf local.
Conheça a história das comunidades Riacho Seco e Pedra Branca (BA)
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