Representante da ASA avalia I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação
Na última sexta-feira, 5 de março, os ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional promoveram o I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação (ENED), nas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro. O Ponto Focal Nacional da Sociedade Civil no Combate à Desertificação e membro do Grupo de Trabalho de Combate à Desertificação (GTCD) da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), Paulo Pedro, esteve presente no encontro. Em entrevista a jornalista Gleiceani Nogueira, da Assessoria de Comunicação da ASA (ASACom), Paulo faz uma avaliação do evento e diz quais são os desafios que o País enfrenta para combater a desertificação.
ASACom – Que avaliação você faz do I ENED?
Paulo Pedro – O encontro não atingiu as expectativas quanto ao nível de elevação da agenda no combate à desertificação dentro das ações do governo federal e dos estados. Um indicador é a não participação direta de governos estaduais, do presidente da República e da Casa Civil, apesar de o evento ter contado com a presença de representantes de órgãos estaduais e federais, entidades da cooperação internacional, várias movimentos e entidades da sociedade civil. Então, o debate sobre o desenvolvimento sustentável e o combate à desertificação no Nordeste do Brasil avançou com o I INED, mas o encontro não atingiu as expectativas criadas. Inclusive, a ASA e outras organizações presentes no encontro, como a Contag e a CUT, elaboraram um documento com um conjunto de providências a serem tomadas em caráter de urgência para a implantação do PAN-Brasil e do Desenvolvimento Sustentável e digno nas Áreas Susceptíveis à Desertificação no País (Veja documento aqui).
ASACom – Qual a importância desse Encontro para o Semiárido?
Paulo Pedro – É de grande importância porque tratou e buscou articular um conjunto grande de atores sociais governamentais, parlamentares, setor privado e sociedade civil, no sentido de planejar ações concretas e urgentes para garantir o desenvolvimento sustentável e digno no Semiárido brasileiro. O evento se constituiu numa importante iniciativa de articulação e mobilização política de diferentes atores sociais e políticos, rumo a uma mesma causa e projeto.
ASACom – Como está o andamento do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas (PAN-Brasil)?
Paulo Pedro – Ele ainda não foi totalmente implementado. A desertificação continua avançando de forma assustadora, mesmo depois de cinco anos de elaboração do PAN – Brasil. É preciso criar as condições políticas para termos avanços significativos e concretos: conclusão da composição da Comissão Nacional de Combate à Desertific