Organizações avaliam projeto entre a ASA e a Codevasf
Nos dias 21 e 22 de setembro, coordenadores e coordenadoras de 14 organizações dos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Sergipe e Pernambuco, que desenvolvem o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), da Articulação no Semi-Árido (ASA), na calha do rio São Francisco, estiveram em Recife /PE para um encontro de avaliação e planejamento das atividades do Termo de Parceria desenvolvido com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Segundo Jean Carlos, coordenador do P1MC, o encontro possibilitou a troca de experiências entre as organizações e permitiu levantar elementos para pensar os próximos termos de parcerias, visando melhorar o trabalho das equipes. Alguns critérios do projeto também foram objeto de reflexão.
“É Importante observarmos que a construção de cisternas dentro de um raio de 15 quilômetros, a partir da margem do São Francisco, que foi uma orientação da Codevasf para a realização desse projeto, foi um critério atendido. A maioria das famílias com necessidade de água potável, que se encontravam nesse raio, foi beneficiada com as cisternas”, afirma Jean Carlos.
O coordenador do P1MC destaca, entretanto, que há famílias que necessitam da cisterna, mas que não podem participar do Programa. “Identificamos famílias, residentes nessa faixa de 15 quilômetros, que apresentam casas com telhado de palha, telhados menores que 40m² e que, por esses motivos, infelizmente, ficaram fora do P1MC. É necessário que elas tenham acesso à outras políticas públicas, como as de melhoria habitacional, por exemplo, para, em seguida, terem condições adequadas de captar e armazenar a água de chuva nas cisternas”, explica.
Os componentes do Programa também foram analisados: mobilização, seleção e cadastramento; controle social; capacitação; comunicação e construção. Sobre este último, alguns coordenadores citaram a dificuldade que é conciliar o prazo dos projetos com a realidade das comunidades para o alcance das metas.
“Períodos chuvosos diferentes em cada estado, muitas vezes diferentes dentro de um mesmo estado, estradas em más condições, grandes distâncias percorridas são fatores que precisam ser levados em consideração no momento de definição dos prazos para a conclusão dos projetos”, afirmou Valquíria Dias Moreira, do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais (CAA-NM).
Denilson Pereira, vice-coordenador do Programa Cisternas da Codevasf, avalia que apesar de alguns desafios encontrados na execução das atividades, “este projeto entre a ASA e a Codevasf cumpriu as metas propostas”. São cerca de 40 mil pessoas com acesso à água potável, na porta de casa, com a construção de 7.945 cisternas.
Além da Codevasf, a ASA tem parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a cooperação internacional e a iniciativa privada , no d