Representantes dos estados apresentam propostas para fortalecer agricultura familiar no Semiárido
As sugestões e encaminhamentos estaduais fecharam o segundo dia (22/09) do I Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores. A questão principal colocada para debate foi como fortalecer o protagonismo das agricultoras e dos agricultores experimentadores. As propostas mais citadas foram: a continuidade dos intercâmbios, o incremento das redes de sementes, maior participação de agricultores e agricultoras nos espaços coletivos, sobretudo, nos fóruns regionais, estaduais e reuniões da ASA.
Minas Gerais e Maranhão falaram da necessidade de construir mais parcerias. O Piauí expôs a importância da formação de lideranças estaduais para discutir a convivência com o Semiárido e o Ceará acrescentou o estímulo à criação das redes de agroecologia estaduais e regionais. Paraíba e Bahia manifestaram a necessidade de dar maior visibilidade ao papel da mulher e motivar a sua participação nos espaços públicos. Rio Grande do Norte sugeriu fazer um levantamento de todas as experiências dos agricultores e agricultoras. Pernambuco acha que é preciso estimular o uso dos materiais das experiências dos agricultores nas discussões coletivas. Alagoas e Sergipe pedem a criação de mecanismos de monitoramento técnico dos programas da ASA após as implementações.
Outra questão debatida foi o aprimoramento dos processos metodológicos de intercâmbio, sistematização e comunicação. A proposta mais citada foi a alimentação do sistema “Agroecologia em Rede”, através da inserção da sistematização das experiências dos agricultores na Internet. Falou-se também da necessidade de uma divulgação ampla das ações da ASA, através de vários meios de comunicação, como jornais, banners, blogs e, principalmente, pelas rádios. Uma lacuna apresentada foi a circulação das informações. Alguns grupos falaram que as notícias e informes acabam ficando entre os técnicos ou demoram a chegar às agricultoras e aos agricultores.
José Aldo dos Santos, coordenador da ASA, fechou esse momento de reflexão sobre os processos metodológicos desenvolvidos pela Articulação elogiando a participação dos agricultores e agricultoras no encontro. “Esse é um evento que tem mais de 40% de mulheres e mais de 80% de agricultores e agricultoras. Vamos fortalecer essa participação para o Enconasa [Encontro Nacional da ASA, que acontecerá em novembro, em Juazeiro, na Bahia] !”, incentiva o coordenador.
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