PAA: a experiência do Coletivo Regional do Cariri, Seridó e Curimataú, no Semiárido paraibano

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Onze famílias de agricultores familiares nos municípios de Soledade, Juazeirinho, Pedra Lavrada e Santo André, no Semiárido paraibano, vêm aproveitando as frutas disponíveis nas diferentes épocas do ano para melhorar a segurança alimentar e a renda familiar.

Os agricultores e agricultoras produzem uma diversidade de produtos como geléias, doces, polpas, sulcos, mouses e compotas. Uma parte da produção é destinada para entidades ligadas à Igreja (Grupo Bom Semeador e Pastoral de Caridade) e para o Banco de Alimentos do SESC, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Além de frutas, eles fornecem para o Programa: bolo, mel, manteiga da terra, milho, feijão e verduras. Os produtos fornecidos são produzidos de forma agroecológica e visam complementar a alimentação de pessoas em risco de desnutrição.

Os trabalhos do Grupo Bom Semeador, em Juazeirinho, e da Pastoral de Caridade, em Soledade, beneficiam crianças, adolescentes e idosos dos meios populares e carentes, atingindo um total de 160 famílias. O trabalho de manipulação dos alimentos e a distribuição para as famílias são feitos por voluntários das comunidades.

Já o Banco de Alimentos SESC/SENAC Paraíba busca combater o desperdício de alimentos com ações práticas imediatas e custos reduzidos. Atualmente, o Banco de Alimentos de Campina Grande repassa os produtos originados do PAA para 54 entidades carentes no município, atingindo um total de 500 pessoas. 
 
A entidade que gerencia o projeto do PAA é o Coletivo Regional do Cariri, Seridó e Curimataú, dinâmica sócio-organizativa composta por organizações formais e informais, sindicatos de trabalhadores rurais (STR), paróquias e comunidades rurais que estão se articulando em defesa da agricultura familiar agroecológica. O valor do projeto é de R$ 32.266,90 para ser utilizado entre janeiro a novembro deste ano.

O Coletivo também é responsável pela contagem da produção, pela prestação de contas à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e aos parceiros, e pelo pagamento aos agricultores/as. Alem disso, acompanha as famílias que participam do projeto, juntamente com os sindicatos de trabalhadores rurais dos municípios envolvidos e o Patac, uma ONG que atua na região e têm a função de apoiar o processo de formação dos/as agricultores/as e da produção agroecológica.

Existe uma comissão formada por representantes de todas as entidades envolvidas, cujo papel é organizar momentos de avaliação e planejamento da proposta. Além das organizações envolvidas diretamente na execução do projeto, busca-se envolver o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e os Conseas Municipais e Estadual, no sentido de que essa experiência possa contribuir com a elaboração e proposições de políticas públicas que valorizem as famílias agricultoras e suas experiências de convivência com o Semiárido.

Perspectivas – Atualmente, os grupos além de beneficiar as frutas vêm trabalhando a necessidade de ampliar e diversificar a produção de alimentos no

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