Conferência Internacional aponta oportunidades diante da crise econômica

Conferência Internacional aponta oportunidades diante da crise econômica
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As oportunidades abertas pela crise econ-mica mundial para se repensar um novo modelo de desenvolvimento foram o assunto em destaque no painel de encerramento da 2+ Confer+ncia Internacional de Tecnologia Social, encerrada sexta-feira (17/04), em Bras+lia. No painel “Constru+-o de uma agenda de mobiliza+-o global em fun+-o das Tecnologias Sociais”, o professor da Pontif+cia Universidade Cat?lica (PUC) de S-o Paulo, Ladislau Dowbor, e o soci?logo e gerente da Unidade de Desenvolvimento Territorial do Servi+o Brasileiro de Apoio -s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Juarez de Paula,  fizeram uma ampla an+lise do cen+rio socioecon-mico atual e apontaram caminhos poss+veis para, al+m de superar a crise financeira global, criar um desenvolvimento que seja humano, social, sustent+vel, includente e local.


Ladislau Dowbor apresentou um panorama preocupante da situa+-o ambiental, de distribui+-o de renda e dos investimentos mundiais em diferentes setores para mostrar a insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento. “Em 1960, os mais ricos consumiam 70 vezes o que consomem os 20% mais pobres; em 1980, os mais abastados passaram a consumir 140 vezes mais e essa disparidade continua crescendo”, exemplificou. “Nosso eixo tem que ser mais do que recolocar o trem nos trilhos, n-o s? criar liquidez e voltar a ter renda nos bancos. Queremos dinheiro n-o s? para a especula+-o, mas para enfrentar os dramas ambientais e sociais no mundo”, afirmou o professor da PUC/SP, lembrando que “a crise + a oportunidade de mexer no modelo de desenvolvimento de forma mais profunda”.


Juarez de Paula avaliou que a crise abre tr+s importantes possibilidades: rediscutir o conceito de desenvolvimento, repensar o conceito de democracia e discutir as pol+ticas p+blicas. “Ser+ que queremos a continuidade desse modelo? Por que + poss+vel oferecer trilh+es de d?lares para salvar os bancos e n-o oferecer renda m+nima de cidadania para que todos tenham condi++es de consumo com melhor qualidade de vida?”, provocou o soci?logo. Na avalia+-o dele, “o Brasil + um dos pa+ses com melhores condi++es para enfrentar a crise, e de sair dela de forma mais r+pida porque, nos +ltimos anos, praticou pol+ticas distributivas, tais como programas de seguridade social, Bolsa Fam+lia e eleva+-o de cr+ditos para a agricultura familiar”.


Apesar da atitude r+pida de enfrentamento da crise, o Brasil tamb+m foi afetado por ela e precisa discutir suas pol+ticas sociais, ressaltou Juarez. “A extens-o e a profundidade da crise afetaram o Brasil com queda da produ+-o industrial, desemprego e redu+-o da atividade econ-mica. Por isso, o pa+s tem que discutir tamb+m um novo modelo que seja n-o s? econ-mico, mas que inclua suas escolhas de pol+ticas p+blicas”, refor+ou. Ele defendeu a busca de uma alian+a estrat+gica entre os movimentos de desenvolvimento territorial, local e de economia solid+ria.


Dowbor lembrou que + importante a reorganiza+-o do processo decis?rio sobre desenvolvimento. “Com a crise financeira e ambiental, podemos trazer outros problemas para a mesa. H+ um esfor+o do governo em p-r mais recursos no n+vel local, mas o problema n-o + de falta de recursos financeiros e sim de avan+ar nas formas de organiza+-o”, destacou. Ele citou o exemplo do movimento “Nossa S-o Paulo”, que reuniu 530 organiza++es sociais e conseguiu criar 130 indicadores para a cidade de S-o Paulo, que passaram a ser adotados legalmente pelo governo municipal. “Precisamos, ainda, investir na organiza+-o de sistemas locais de informa+-o”, afirmou.

>> Continua+-o

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