Mudanças climáticas e desertificação são temas de debate
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Diálogo de Expertos. Assim foi chamado o debate do evento “Adaptação às Mudanças Climáticas e Combate à Desertificação no Semiárido” que reuniu representantes de instituições governamentais, da sociedade civil e especialistas do Brasil e do exterior, no último dia 13 de março, no Hotel Internacional Palace Lucsim, em Recife/PE.
O objetivo foi favorecer um diálogo que permita a integração de estratégias e linhas de ação dos Planos Estaduais sobre Mudança do Clima (PEMC) e dos Programas Estaduais de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAES), ações estaduais para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Em dezembro do ano passado, foi lançado também o Plano Nacional sobre Mudanças de Clima (PNMC) que tem, entre outras metas, a de reduzir os índices de desmatamento.
Durante a programação, foi realizada uma mesa de abertura, seguida por quatro palestras. Na primeira apresentação, o estudioso alemão Jürgen Kropp apresentou a experiência do Postdam Institute for Climate Impact Research, centro de pesquisa da Alemanha que estuda os efeitos das mudanças climáticas no mundo. Posteriormente, o professor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), José Antônio Marengo, discutiu a importância de analisar os cenários de mudança no clima para elaborar estratégias de adaptação e combate à desertificação.
Para o professor, é necessária uma união entre a sociedade civil, os governos e a ciência para ajudar na construção de políticas públicas de adaptação e combate à desertificação. “O governo estabelece as políticas ambientais, os cientistas dão a base científica para essas políticas e a sociedade civil é a ponte entre o que o governo e a ciência fazem. Muitas vezes, a população não entende a informação do cientista, ou o que um artigo de um decreto ou lei fala. A sociedade civil é quem traduz essa informação de forma mais simples, para que a escola ou os agricultores entendam um pouco mais do assunto”, complementou Marengo.
A terceira apresentação foi do representante da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), Paulo Pedro de Carvalho, que trouxe a experiência da agroecologia como estratégia de convivência e adaptação às modificações no clima. “A agroecologia está se apresentando como uma saída. Ela não é só uma ciência, é uma forma de vida e de praticar o desenvolvimento sustentável. Dá condições das famílias produzirem bem, com qualidade, garantindo vida digna para as pessoas e recuperando o meio ambiente, as condições de vida para as gerações futuras”, ressaltou Paulo Pedro.
Na última palestra, o coordenador de Educação do Campo da Secretaria de Educação de Pernambuco, Nilton Gomes da Silva, apresentou um estudo da Secretaria que aponta a educação no campo como medida para desenvolver as capacidades de adaptação e o combate à desertificação no Semiárido.
No final, algun