Mapeamento ajudará a descobrir o patrimônio das sementes do Semiárido

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Mapear as experiências de bancos ou casas de sementes comunitárias e as variedades de sementes existentes no Semiárido. Este foi o principal compromisso assumido pelos mais de 100 participantes do I Encontro de Sementes do Semiárido, realizado de 16 a 18 de fevereiro, em Campina Grande-PB.

Segundo Emanoel Dias, da Rede de Sementes da Paraíba e coordenador do Programa Manejo Sustentável da Biodiversidade da ONG Patac, uma das contribuições do mapeamento será a identificação dos locais onde existem os estoques de sementes, sejam eles comunitários ou familiares, bem como o número de pessoas envolvidas na atividade. O resultado desse trabalho será apresentado no Encontro Nacional da ASA (EnconASA), previsto para ocorrer em novembro, na cidade de Juazeiro-BA. 

“Nós tivemos uma primeira reunião em preparação a esse evento e a gente pode perceber que só nos estados do Ceará, Alagoas e Paraíba existem cerca 500 bancos ou casas de sementes, além de milhares de estoques familiares”, destaca Emanoel Dias. 

Ele também ressalta a importância do mapeamento para construção de políticas públicas adequadas à realidade das famílias agricultoras. “Hoje existe um Programa Nacional de Sementes, que traz apenas uma variedade de milho e de feijão, como se o Semiárido fosse uniforme. Mas, a gente sabe que existe uma grande variedade [de sementes]. Então, esse mapeamento, vai ser útil para gente dialogar e propor uma Política de Sementes viável às características da região”, afirma o técnico.

Além do mapeamento, os representantes dos 10 estados presentes (PE, PB, AL, RN, CE, MA, SE, BA, MG e RJ), entre técnicos/as e agricultores/as, definiram prioridades nos âmbitos estaduais e nacional como: Pautar o tema das sementes nas redes e articulações, promover intercâmbios, produzir materiais de comunicação sobre o tema, realizar uma Feira Nacional de Agrobiodiversidade, articular o tema de sementes nos Conseas Estaduais e no Consea Nacional e incentivar ações de sementes no âmbito do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).

Documento – O I Encontro de Sementes do Semiárido foi encerrado com a leitura da Carta Política quer traz diversas reflexões acerca da conjuntura da Política de Sementes e das ameaças à biodiversidade. O texto também lembra o papel das famílias agricultoras na conservação das sementes locais e a importâncias delas para as futuras gerações. Confira aqui o documento completo.

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