Consea faz alerta sobre a alta dos preços dos alimentos e aponta soluções para enfrentar a crise
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Os pre+os dos alimentos n-o param de subir. O que parecia um simples problema de desajuste entre a oferta e a demanda, se transformou numa crise planet+ria do modelo de produ+-o e consumo de alimentos. Segundo o Sistema Econ-mico Latino-Americano e do Caribe (Sela), a crise pode levar mais de dez milh+es de pessoas na Am+rica Latina e no Caribe – situa+-o de pobreza e indig+ncia.
Segundo o Conselho Nacional de Seguran+a Alimentar e Nutricional (Consea), o encarecimento dos alimentos coloca em risco – garantia do direito humano – alimenta+-o e a soberania alimentar e nutricional dos povos, comprometendo as iniciativas de inclus-o social de parcelas significativas das popula++es carentes, que s-o as que mais sofrem com essa crise.
Diante dessa conjuntura, o Consea elaborou um documento para o presidente Lula contendo reflex+es importantes sobre a crise alimentar, bem como propostas de curto, m+dio e longo prazo que possam contribuir nas decis+es que o governo brasileiro venha a tomar para o enfrentamento dos efeitos dessa crise.
A perspectiva + que o documento tamb+m seja levando em considera+-o durante o posicionamento do presidente Lula na C+pula da FAO sobre Seguran+a Alimentar, que come+ou hoje (03/06), em Roma, na It+lia, e segue at+ a pr?xima quinta-feira (05/06). O evento est+ reunindo l+deres de diversos pa+ses para discutir quest+es sobre seguran+a alimentar, mudan+as clim+ticas e bionergia. Os interessados podem acompanhar os depoimentos e as entrevistas da confer+ncia pelo site da FAO, atrav+s do link www.fao.org/webcast.
No documento, o Consea ressalta que um dos fatores determinantes da alta dos pre+os + a cont+nua eleva+-o da demanda por alimentos, resultante do crescimento da renda em pa+ses emergentes como a China, a -ndia e o Brasil. Soma-se a isso a ocorr+ncia de quebras de safra por mudan+as clim+ticas em pa+ses que contam para a oferta internacional.
A destina+-o de gr-os b+sicos como o milho e a soja para a produ+-o de etanol e a eleva+-o do pre+o do petr?leo s-o fatores que agravam ainda mais a crise alimentar. +No Brasil, a disponibilidade de +reas agricult+veis ociosas ou degradadas tem sido usada para justificar a reprodu+-o do modelo da monocultura (cana de a++car), al+m de ocultar que em v+rias regi+es a produ+-o de alimentos j+ perde terreno para a de agrocombust+veis+, diz um trecho do documento.
Dentre as propostas, o Consea aponta o investimento na agricultura familiar de base agroecol?gica, por entender que esse modelo de produ+-o trabalha os recursos naturais de forma sustent+vel, valoriza a agrobiodiversidade e fortalece a cultura e os h+bitos alimentares regionais.
Outras medidas apresentadas s-o a efetiva regula+-o sobre a expans-o das monoculturas, com aten+-o sobre aquelas dirigidas para a produ+-o de biocombust+veis, e a revis-o da pol+tica de regula+-o do comercio internacional, promovida pela Organiza+-o Mundial do Com+rcio (OMC), excluindo os produtos da seguran+a alimentar de redu+-o de tarifas e garantindo salvaguarda especial efetiva para os pa+ses em desenvolvimento frente a surtos de importa+-o.
No final do documento, o Conselho lembra que o Brasil possui mecanismos importantes de discuss-o e constru+-o de pol+ticas de seguran+a alimentar, como o Sistema Nacional de Seguran+a Alimentar e Nutricional, que devem ser levados em considera+-o durante as discuss+es pol+ticas envolvendo o tema.
Confira aqui o documento na +ntegra.
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