Água, produção e esperança

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Cisterna cal+ad-o ajuda a transformar a vida de fam+lias da comunidade S-o Luiz, no munic+pio de Santana do Acara+, no Cear+



Na semana passada, a cisterna cal+ad-o de 52 mil litros constru+da pelo Programa Uma Terra e Duas -guas (P1+2) da Articula+-o no Semi–rido Brasileiro (ASA), na comunidade S-o Luiz, no munic+pio de Santana do Acara+, no Cear+, sangrou.

As 17 fam+lias agricultoras que moram no local olham admiradas para a tecnologia at+ ent-o desconhecida por todos. A cisterna, feita com placas de cimento tendo um cal+ad-o de concreto acoplado para a capta+-o da +gua da chuva, foi erguida em junho do ano passado.

+Ainda hoje ela est+ l+ e + uma coisa incr+vel pra gente. Nunca ningu+m aqui tinha ouvido falar em cisterna cal+ad-o+, explica a l+der comunit+ria Maria Valnice da Silva de Oliveira.

A tecnologia, tamb+m desenvolvida por agricultores e agricultoras do Semi–rido, tem como principal fun+-o armazenar a +gua que cai do c+u e que serve para produzir alimentos e matar a sede dos animais nos per+odos de estiagem.

Em S-o Luiz, a +gua da cisterna cal+ad-o est+ sendo utilizada para aguar a horta comunit+ria constru+da pelo grupo de mulheres. +Ningu+m tem id+ia de como a gente se sente feliz em olhar a cisterna e saber que fomos beneficiadas+, comemora a agricultora.

A felicidade que Valnice relata + reflexo do trabalho desenvolvido pelas pr?prias fam+lias que, ap?s viverem v+rios anos em condi++es desumanas, come+aram a se organizar e buscar a implementa+-o de a++es que viessem transformar a dura realidade.

+Quando eu cheguei na comunidade, h+ 4 anos, S-o Luiz n-o tinha nada. N-o tinha nenhuma organiza+-o (…) N-o tinha energia el+trica, n-o tinha +gua, n-o tinha nada (…) Foi a+ que meu cunhado disse: `Valnice, vamos organizar S-o Luiz! Como + que a gente vai continuar morando aqui sem nada?+. Eu disse: `Tudo bem!+. Foi a+ que a gente teve a id+ia de fundar uma associa+-o (…) Quando a gente fundou a Associa+-o Comunit+ria de S-o Luiz, no dia 02 de mar+o de 2004, tudo come+ou a andar+, detalha Valnice.

A primeira vit?ria da comunidade foi a conquista da +gua pot+vel para beber e cozinhar, atrav+s da aquisi+-o de 12 cisternas de 16 mil litros, no in+cio de 2005, pelo Programa Um Milh-o de Cisternas (P1MC), tamb+m da ASA. +Da+ pra c+ nunca mais a gente passou pela necessidade de ter que beber +gua polu+da e barrenta. Todo o ano, elas [as cisternas] enchem e d+ pra abastecer toda a comunidade+, informa a agricultora.

O segundo avan+o foi a instala+-o da rede el+trica na comunidade. +Como mudou a nossa rotina de vida de quatro anos atr+s para agora! E a gente tem a certeza que vai melhorar muito mais. Porque agora, esse ano, vai ser a nossa primeira experi+ncia com a cisterna [cal+ad-o] cheia. A gente vai se cansar menos na busca pela +gua e vai produzir mais alimentos+, acredita Valnice.

A horta, sustentada pela +gua da cisterna cal+ad-o, fornece coentro, cebolinha, tomate, piment-o, alface, couve, beringela e ab?bora, para todas as fam+lias de S-o Luiz. A produ+-o excedente + vendida na feira e o dinheiro arrecadado serve para comprar mais sementes e utens+lios para manuten+-o dos canteiros.


Outras tecnologias


A cisterna cal+ad-o + uma das tecnologias de conviv+ncia com o Semi–rido que vem sendo multiplicada na regi-o pelo P1+2. Na fase inicial do Programa, chamada de projeto demonstrativo, e que contou com a parceria da Petrobras e da Funda+-o Banco do Brasil, foram constru+das 78 cisternas cal+ad-o nos 9 estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais.

Po

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