P1+2 encerra fase demonstrativa e se consolida como uma política pública de convivência com o Semi-Árido
Contrariando as a++es hist?ricas de combate – seca, como a distribui+-o de cestas b+sicas e a constru+-o de grandes obras h+dricas para favorecer o agroneg?cio, o Programa de Forma+-o e Mobiliza+-o Social para a Conviv+ncia com o Semi–rido: Uma Terra e Duas -guas (P1+2), desenvolvido pela Articula+-o no Semi–rido Brasileiro (ASA), aposta na implementa+-o de a++es estruturantes e de pequeno porte, mas que, de fato, v+m promovendo a seguran+a alimentar e nutricional de fam+lias que moram na regi-o.
Lan+ado oficialmente no dia 14 de abril de 2007, na comunidade Lagedo de Timba+ba, em Soledade, no Cariri paraibano, o P1+2 tem como objetivo garantir o aproveitamento e o manejo sustent+vel da +gua da chuva para a produ+-o de alimentos. Para o alcance da meta, o Programa prev+ a constru+-o de tecnologias j+ desenvolvidas pelos(as) agricultores(as) do Semi–rido para o armazenamento dessa +gua, bem como a realiza+-o de visitas de interc+mbios e sistematiza+-o de experi+ncias.
Na fase demonstrativa do P1+2, que teve in+cio em janeiro do ano passado, foram implementadas nos 09 estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Cear+, Maranh-o, Para+ba, Pernambuco, Piau+, Rio Grande do Norte e Sergipe) e em Minas Gerais, 144 tecnologias, sendo 78 cisternas cal+ad-o (52 mil litros), 61 barragens subterr+neas, 04 tanques de pedra e 1 barreiro trincheira. Segundo Ant-nio Barbosa, coordenador pedag?gico do Programa, ap?s pouco mais de um ano de trabalho, as fam+lias beneficiadas j+ come+am a colher os primeiros frutos da a+-o.
+Quando a implementa+-o [barragem subterr+nea, cisterna cal+ad-o, tanque de pedra ou barreiro trincheira] + associada ao quintal, onde as mulheres s-o as respons+veis, a +gua come+a a servir, imediatamente, para [aguar] as hortas, os canteiros, e para dar de beber aos pequenos animais, como as galinhas, os porcos e as cabras. Quando ela [a tecnologia] + associada – ro+a, as fam+lias investem na produ+-o de milho, feij-o, fava e outros produtos que j+ est-o sendo consumidos. Existem ainda outros processos onde os resultados aparecem em longo prazo, como a agrofloresta. Mas, o que tem sido mais importante [no Programa] + a valoriza+-o das pessoas, aumentando a auto-estima das fam+lias e mostrando que o Semi–rido + rico, tem vida, tem experi+ncia e + um local onde as pessoas vivem felizes+, detalha Barbosa.
Desse ponto de vista, a metodologia do P1+2 tem como princ+pio fundamental o reconhecimento das experi+ncias acumuladas pelos(as) agricultores(as) que ao longo dos anos se mostraram como estrat+gias eficientes de conviv+ncia com as adversidades da regi-o. Por esse motivo, al+m das implementa++es, o Programa investiu ainda na sistematiza+-o dessas experi+ncias, resultando na produ+-o de 57 boletins informativos, e na realiza+-o de visitas de interc+mbio entre as fam+lias.
Para a realiza+-o do projeto demonstrativo, correspondente a primeira etapa do P1+2, foram investidos cerca de R$ 4 milh+es, sendo 50% dos recursos aplicados na compra de equipamentos, como computadores, carros, GPS, etc; e a outra parte no desenvolvimento das atividades. Para Barbosa, + importante destacar a participa+-o da Petrobras e da Funda+-o Banco do Brasil nessa fase do Programa.
+Essas duas organiza++es, que j+ eram parceiras da ASA, apostaram nessa id+ia. Elas contribu+ram significativamente para al+m da quest-o das implementa++es, chegando ao campo da infra-estrutura das nossas organiza++es (…) Elas [Petrobras e Funda+-o Banco do Brasil], que se articulam atrav+s de Red