'As ONGs cumprem o papel de apontar o caminho'

'As ONGs cumprem o papel de apontar o caminho'
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Adriano Martins, sociólogo e assessor de projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE) em entrevista ao Programa de Comunicação sobre a atual Conjuntura Política do País.

Todos os anos o Movimento de Organização Comunitária (MOC) reúne a sua equipe no Planejamento Anual, momento em que todos partilham os resultados dos seus trabalhos e constroem juntos novas perspectivas para o ano que se inicia.   A abertura realizada nesta segunda-feira (11), no Centro de Formação Comunitária (CFC), contou com a presença do sociólogo Adriano Martins, assessor de projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE), convidado da entidade para fazer uma análise da Conjuntura Política do País e do Estado, falando das perspectivas da relação entre governo e sociedade civil, CPI das ong¿s, como pode ser conferido na entrevista concedida ao Programa de Comunicação do MOC.

Programa de Comunicação- Como você analisa o papel das ongs junto à sociedade civil na conjuntura atual do país, principalmente as que atuam no Semi-Árido brasileiro?

Adriano Martins – As organizações da sociedade civil tiveram e tem um papel muito importante no meu entendimento de serem laboratório de políticas públicas de ações capazes de melhorar a vida das pessoas aqui no Semi-Árido. Acredito que hoje mais do nunca, em função das disputas que existem na sociedade em relação ao modelo de desenvolvimento do país, as ongs que atuam na linha do desenvolvimento sustentável e da convivência com o Semi-Árido cumprem o papel de apontar um caminho e não é um caminho teórico, é algo construído a partir das suas práticas nas comunidades.  Enfim eu acho que elas cumprem um papel de gestarem, construírem e lutarem por políticas públicas que efetivamente garantam o desenvolvimento com sustentabilidade. 

P. Comunicação- De que forma as ongs podem se posicionar diante da imagem negativa criada neste momento de CPI?

A. Martins – Nós temos hoje um momento delicado em que a direita do país tenta criminalizar os movimentos sociais que lutam por mudanças no país, e também criar uma mácula em relação à atuação das ongs. Primeira coisa: devemos separar o joio do trigo, existem ongs que são do deputado tal, da mulher do presidente tal, e que de fato são espaços de corrupção, de mau uso e desvio da verba pública. Agora as ongs e os movimentos que são alvo do questionamento na CPI das ongs são aquelas exatamente  trabalham com seriedade, neste sentido eu acho que é nosso papel ampliar para a sociedade o conhecimento trabalho que a gente faz, para mim é melhor antídoto. Quem conhece o trabalho do MOC, da ASA, sabe da importância que estas ações têm para melhorar a qualidade de vida na região, quem conhece o trabalho que é feito não tem nenhuma dúvida de que todo dinheiro público investido na Articulação do Semi-Árido se revestiu em melhores condições de vida para a população. Acho que a nossa postura é garantir transparência das nossas ações, lutar por marco legal, uma legislação que torne a relação das organizações sociais com o estado mais transparente e não ter nenhum problema em reconhecer

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