A criação de abelhas no Semi-Árido
A criação de abelhas no Semi-Árido

Hoje, 22 de maio, é o dia dedicado às pessoas que desenvolvem a atividade da apicultura no nosso País. Para quem não sabe, o termo apicultura significa +criação de abelhas produtoras de mel+. De acordo com os historiadores, a atividade começou a ser desenvolvida por volta do ano 2.400 a.C., no antigo Egito. Já a utilização do mel como substância adoçante de bebidas é uma prática bem mais antiga. O primeiro registro que se tem na história remonta o ano 5.000 a. C.
Antigamente, a exploração da apicultura era feita de forma rudimentar, o que prejudicava a qualidade dos produtos. Com o passar do tempo, as técnicas foram se aperfeiçoando e hoje, no Brasil, a atividade possui um grande potencial para gerar impactos sociais, econômicos e ecológicos.
Na região do Semi-Árido, a criação de abelhas representa uma segunda fonte de renda para as famílias agricultoras. Além disso, proporciona a melhoria da saúde das pessoas que desenvolvem a atividade e passam a consumir os produtos e também ajuda a preservar a caatinga devido ao trabalho de polinização das plantas, feito pelas abelhas. Segundo o apicultor Hélio Roque de Assis, morador do Sítio Acauã, na cidade de Aparecida-PB, outro fator que contribui para o desenvolvimento da apicultura no Semi-Árido é que a atividade se adapta facilmente ao clima da região. “Para a apicultura não é preciso um índice de chuva muito alto. Choveu o necessário para as árvores florarem já dá para se fazer um bom trabalho+, explica.
A apicultura também é uma atividade que não apresenta risco financeiro para as famílias produtoras, pois, em quase todos os anos, é possível fazer a coleta do mel. Dependendo da região, é possível fazer a extração quatro vezes ao ano. Agora, para iniciar a atividade é preciso que se faça um estudo tanto da propriedade quanto da região onde os produtos serão comercializados. A pesquisa é necessária para saber que tipo de abelha atenderá melhor às necessidades do produtor e da produtora.
Abelhas – Os tipos de abelha mais comuns na região do Semi-Árido são as da família das Melíponas, mais conhecidas como abelhas nativas, e as da família Ápice, como as Européias, as Italianas e as Africanas. De acordo com Paulo Palhano, coordenador da Rede Abelha do Nordeste, a criação dessas duas espécies de abelha requer cuidados específicos. +A abelha nativa pode ser criada no oitão ou no alpendre de casa. Essas são as abelhas Uruçu, Juti, Jandaíra, Tubiba, Cupira e outras. Já as abelhas Africanas, Italianas e todas as outras da família Ápice, devem ser criadas, pelo menos, a 300 metros de distância das casas, de escolas, de currais, de estradas. Ou seja, elas devem ficar isoladas+, orienta.
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