Pesquisas confirmam: P1MC melhora a qualidade de vida das famílias do Semi-Árido

Pesquisas confirmam: P1MC melhora a qualidade de vida das famílias do Semi-Árido
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Representantes da Embrapa Semi-Árido e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) apresentaram nesta quinta-feira (12/04) aos participantes do I Encontro Nacional do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) duas pesquisas que ressaltam a importância do Programa para as famílias do Semi-Árido.

O primeiro estudo, apresentado pelo engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Semi-Árido, Aderaldo de Souza Silva, teve como objetivo analisar o nível de potabilidade da água da cisterna. Os dados revelam que 55% dos reservatórios analisados apresentaram água de boa qualidade para o consumo humano. Durante a apresentação, Aderaldo afirmou que +esse índice é considerado bastante satisfatório, uma vez que 80% de outros tipos de reservatório possuem água contaminada+. A pesquisa da Embrapa Semi-Árido foi realizada em dezembro de 2004 e envolveu cerca de 5 mil famílias.

Já o estudo de apoio ao planejamento do Programa Cisternas do MDS, apresentado pelo técnico de avaliação e monitoramento, Oscar Arruda Dalva, fez um levantamento da demanda de construção de cisternas no Semi-Árido a partir dos dados do Cadastro Único de programas sociais do Governo Federal e analisou a distribuição das cisternas já construídas na região, levando em consideração dois indicadores: o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Índice de Aridez.

Em relação à demanda, a pesquisa do MDS revela que em 4 anos de existência o P1MC atingiu cerca de 20% da sua meta. Ou seja, até agora foram construídas aproximadamente 190 mil cisternas. Esse número não pode ser considerado baixo devido às características do Programa. Pois, como afirma Oscar Arruda, +a visão do MDS é que o P1MC não é um programa de construção de cisternas. Ele é um programa de formação e mobilização das famílias e das organizações locais da sociedade civil […] Então, existe a compreensão de que o Programa já avançou muito. Mas, devido à demanda ser muito grande, esse dado nos faz pensar em estratégias de como atender as famílias que ainda não têm cisterna+.

No quesito aridez, o estudo de apoio ao Programa Cisternas observou que o P1MC tem atingido os municípios mais secos da região. Em contrapartida, o IDHM não foi um indicador considerado no planejamento do Programa. Assim, existem cisternas construídas em municípios que apresentam baixo e alto IDHM.

Para o coordenador executivo da ASA, Luciano Marçal, as duas pesquisas permitem avaliar o conjunto dos resultados alcançados pelo P1MC até o momento. +Hoje o Programa tem uma cobertura espacial expressiva, pois atende a grande maioria dos municípios do semi-árido brasileiro. Assim, podemos dizer que o alcance geográfico e social do P1MC já é da magnitude de uma política de Estado. E um aspecto comum tanto à pesquisa do MDS quanto a da Embrapa Semi-Árido é o fato de que o Programa realmente atende à demanda difusa de água. Além disso, o índice de potabilidade da água da cisterna vem proporcionando a garantia de uma melhor qualidade de vida para as famílias do Semi-Árido+, destaca Luciano.


 

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