População do Semiárido alagoano consome água contaminada

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A paralisação do serviço de abastecimento de água com carros-pipa está levando a população do semiárido alagoano a consumir água contaminada. Uma realidade que não é mostrada e encenada na milionária propaganda oficial. O governo do Estado não paga aos pipeiros há quatro meses e tem acumulado um débito com eles que já chega a R$ 14 milhões.

Comunidades como Batuque, em Água Branca, município a 300 quilômetros de Maceió, estão sem receber água potável há mais de 30 dias e as cisternas estão vazias, o que tem levado a população a consumir água de barreiros e nascentes contaminadas com fezes de animais e lixo.

No povoado Batuque, a dona de casa Tânia Silva Santos disse que não tem água potável há 30 dias e que chora todas as noites pensando nas consequências de ter que dar aos seus filhos “água escura”. “A necessidade me faz chorar. Meus filhos estão com diarreia, cheios de feridas e coceiras. Levei ao médico do posto e ele disse que é da água podre”, relata ela, com os olhos marejados.

Ela disse que paga para ter a “água escura” em casa. “Pago R$ 50,00 por cada tonel. Esse dinheiro é da minha Bolsa Família”, disse ela. “Esse dinheiro faz falta. Com ele, eu comprava feijão, arroz e um pedaço de carne-seca para alimentar meus filhos”, disse a dona de casa à Gazeta de Alagoas.

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