Região do Cerrado pode ser ex?tin?ta até 2030

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RIO DE JA­NEI­RO (AE) – A pes­qui­sa do IBGE aler­tou ainda para o risco de ex­tin­ção do Cerrado “em pouco tempo” nos es­ta­dos onde o ritmo de des­ma­ta­men­to é mais ace­le­ra­do, como Maranhão, Bahia e Mato Grosso, caso não sejam to­ma­das “me­di­das ur­gen­tes de pro­te­ção”. O es­tu­do mos­trou que a co­ber­tu­ra ori­gi­nal do bioma foi re­du­zi­da pra­ti­ca­men­te à me­ta­de no País, de 2.038.953 qui­lô­me­tros qua­dra­dos para 1 052.708 km2, re­du­ção de 48,37%. Isso até 2008, úl­ti­mo dado ofi­cial dis­po­ní­vel.

A en­ge­nhei­ra flo­res­tal e pro­fes­so­ra da Universidade de Brasília (UnB), Alba Valéria Rezende, citou as re­cen­tes quei­ma­das que se es­pa­lham pelo Brasil e atin­gem prin­ci­pal­men­te o Cerrado para afir­mar que, “se nada for feito, pro­va­vel­men­te te­re­mos o bioma to­tal­men­te des­truí­do até 2030”. “Esse por­cen­tual já deve estar perto de 60%. Embora exis­tam me­di­das iso­la­das, ainda não há uma po­lí­ti­ca na­cio­nal para en­fren­tar o pro­ble­ma”, acres­cen­tou.

As taxas de des­ma­ta­men­to são mais altas do que as apre­sen­ta­das para a Amazônia, onde houve uma re­du­ção do ritmo de des­trui­ção nos úl­ti­mos cinco anos – lá, a área total der­ru­ba­da re­pre­sen­ta 15% da flo­res­ta ori­gi­nal. No Cerrado, so­men­te entre 2002 e 2008 foram des­ma­ta­dos 4,18% da co­ber­tu­ra ori­gi­nal.

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