Sociedade pede proteção para área de caatinga
Das 41 unidades de conservação de proteção integral, aquelas em que não é permitido o corte da vegetação, criadas pelo governo de Pernambuco, nenhuma está nos domínios da caatinga. Estender as ações estaduais para o bioma é uma das sugestões da sociedade civil incluídas ontem na minuta do projeto de lei que institui política de Enfrentamento às Mudanças Climáticas.
O documento foi discutido em reuniões no Recife, Caruaru (Agreste) e Araripina (Sertão). “Além da criação de unidades de conservação na caatinga, os participantes abordaram a necessidade de um instituto de pesquisa na área”, diz a coordenadora das consultas públicas, Adriane Mendes. Em relação ao instituto, ela acredita que poderá ser um braço da Agência Pernambucana de Águas e Clima, em fase de implantação.
“É preciso deter a devastação da caatinga. O desmatamento gera perda de biodiversidade e contribui para a emissão de gases do efeito estufa, que provocam o aquecimento global”, justifica a bióloga.
A nova minuta de projeto de lei será apresentada amanhã em reunião do Conselho Estadual de Meio ambiente (Consema). O texto será formatado pelo Fórum de Mudanças Climáticas de Pernambuco, que promoveu o encontro de ontem, realizado no auditório da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma), no Bairro do Recife. Essa foi a primeira reunião deste ano do fórum, instituído pelo decreto nº 33.015, de 16 de fevereiro de 2009.