IRPAA inicia comemorações dos 25 anos de convivência com o Semiárido

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Lançamento das celebrações do 25 anos do Instituto Regional da Requena Agropecuária Apropriada (Irpaa), aconteceu na tarde da última terça-feira (04), em Juazeiro, com a presença de mais de 800 pessoas, entre elas agricultores, familiares, representantes de organizações sociais, igreja católica, sócios e colaboradores do Irpaa, parceiros, universidade, movimentos sociais, entre outros de instituições sociais e públicas. “Estamos comemorando 25 anos de Convivência com o Semiárido”, disse o presidente Irpaa, Haroldo Schistek, durante a celebração.

A abertura do evento contou com uma mesa de saudação com as representações de entidades parceiras ao longo destes 25 anos de atuação, que frisaram a importância do empenho do Irpaa e de outras organizações sociais na busca de se conhecer e se viver bem com a região semiárida, nas suas limitações e potencialidade. Destacou-se, a urgência da construção de uma Política Nacional específica para esta região, elencando as contribuições das sociedade civil organizada nessa provocação e pressão junto ao Estado.

Para o Chefe Geral da Embrapa Semiárido, Pedro Grama, o Irpaa “nos orientou que não se combate a seca, não se combate um fenômeno natural”. Ele destacou ainda que a instituição tem ensinado para a Empresa de Pesquisa, que “é preciso antes de tudo valorizar e aprender com os conhecimentos que os agricultores já tinham,conhecimentos seculares. E somar este conhecimento com o científico”, conclui.

“O Irpaa é por excelência um dos espaços reais de experiência e de soluções alternativas que apontam as trilhas da produção na existência do povo desse lugar”, avaliou Adelaide Pereira, da Resab. Já Naidson Batista, da Articulação do Semiárido Brasileiro (Asa), destacou que uma das conquistas que se tem é uma nova concepção do país sobre esta região semiárida, “aqui no semiárido é lugar de gente inteligente, de gente lutadora, que produz conhecimento, que é capaz de encontrar saída para os seus problemas”.

Desafios

O momento foi marcado também com falas sobre os desafios que ameaçam a consolidação da convivência. Um deles é a concentração fundiária no semiárido. Na história da instituição, que considera a terra como elemento base para a consolidação da Convivência, a luta pela regularização fundiária dos povos tradicionais é uma das ações. “Falta terra onde as famílias possam armazenar água… as comunidades tradicionais expulsas de suas terras não conseguem produzir”, afirmou Naidson Batista, da ASA.

Participantes das mesas apontaram também que os grandes empreendimentos como hidroelétricas, mineradoras, energia eólica, barragens ameaçam a vida e a permanência dos povos no campo.

O Irpaa completa um ciclo de 25 anos no dia 17 de abril de 2015 (data da fundação). Até lá uma série de atividades celebrativas serão realizadas.

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