Tecnologia de cisternas de placas avança no semiárido

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Comunicadores de várias regiões do Brasil se reúnem desde a última quarta-feira (7) até hoje (9), em Natal, no 8º Encontro de Jornalistas – Desenvolvimento Social e Políticas Públicas, realizado pela Fundação Banco do Brasil (FBB). O evento, sediado pela primeira vez no Rio Grande do Norte, contou com o lançamento do livro Cisternas de Placas: tecnologia social como política pública para o Semiárido.

“De dois em dois anos, nós fazemos encontros como esse no Nordeste, porque grande parte do nosso investimento é no Semiárido. O Rio Grande do Norte tem a maior parte dele no semiárido, o que faz do estado um dos nossos principais beneficiários. Aqui discutimos com os jornalistas tudo o que a fundação vem fazendo e o desafio da comunicação neste contexto. E tivemos a oportunidade de lançar esse livro, que conta a história das cisternas de placas. Ele volta a 2001, trazendo até hoje a história de como uma tecnologia social se tornou uma política pública”, disse à reportagem o presidente da Fundação Banco do Brasil, José Caetano Minchillo.

Além dele, participaram da abertura do evento, o gerente geral da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Rodrigo Santos Nogueira; o coordenador geral de Acesso à Água do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Igor da Costa Arsky; Sérgio Luiz Cordeiro de Oliveira, superintendente do BB no Estado; e a coordenadora da Articulação Semiárido Brasileira (ASA), Fernanda Cruz.

De acordo com a FBB, até o dia 30 de junho, serão 80 mil cisternas entregues em todo o país. “Somente o RN representa cerca de 10% desse total, com 8.542 cisternas de primeira água, minimizando o impacto da seca para mais de 40 mil pessoas”, coloca o presidente do FBB. A categoria “primeira água” é a destinada para consumo humano. Um projeto para construção de cisternas para armazenamento de “segunda água” – aquela a ser usada na agricultura – está no início da execução. Até dezembro deste ano, 1.200 cisternas do tipo “calçadão e enxurrada”devem ser instaladas no Estado, com investimento de R$ 12 milhões. Ao todo, 120 cidades são beneficiadas.

Somente no RN, o programa receberá recursos da ordem de R$ 35 milhões. O valor investido pela Fundação Banco do Brasil em programas sociais marca um novo recorde em 2014: são R$ 320 milhões, nos programas de água, agroecologia, agroindústria, resíduos sólidos (cuja capital potiguar foi escolhida para ser uma das cinco cidades-piloto no país) e educação.

A coordenadora de Comunicação da ASA comemorou o fato da tecnologia de cisternas que coleta a água da chuva ter virado uma política pública. “O que a gente fez foi sistematizar algo que já era utilizado por algumas pessoas para universalizar”, colocou Fernanda Cruz, na mesa “Água – acesso e preservação de recursos hídricos”, que ocorreu na manhã de ontem (8). Durante a tarde, os participantes do evento participaram de uma visita a cisternas que foram construídas no interior do Rio Grande do Norte.

O gerente geral da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do BB, Rodrigo Nogueira afirmou que o Programa Água Para Todos – do Governo Federal, é apenas um dos braços dos programas desenvolvidos pela Fundação. “Ninguém precisa de filantropiam precisamos de inclusão”, colocou. A programação continua nesta sexta (9), no Hotel Nobile Suítes Ponta Negra Beach, onde serão debatidos temas sobre gestão de resíduos sólidos, agroecologia e pautas sociais. Cerca de 80 comunicadores participam do evento.

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