RN insiste em cisternas de alvenaria

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Entre a picaretagem do ministério da Integração Nacional e a filosofia de vida oferecida pela Articulação do Semi Árido (Asa), o governo do Rio Grande do Norte mostrou neste fim de semana que integra a segunda corrente, construindo e inaugurando, em parceria com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac), da Diocese de Caicó, 1.308 cisternas de alvenaria.

Há três semanas, quando eclodiu a Operação Máscara Negra, o ministério público de São Paulo cumpriu mandado de busca e apreensão numa fábrica de fardamentos e mochilas situada no bairro da Mooca, em São Paulo, que fabricaria e venderia uma fortuna em cisternas de polipropileno para armazenar água nas residências nordestinas situadas no “Polígono das Secas”.

Técnicos ligados ao Seapac no Rio Grande do Norte mostraram a este blog que a opção pelas de alvenaria respeita uma linha de pensamento que vem do legendário padre Cícero Romão Batista. Ele, Dom Helder Câmara e o monsenhor Expedito Sobral de Medeiros, todos já falecidos, sempre recomendaram cisternas de alvenaria e construídas pelos seus usuários, para que durante a obra em si eles já se fossem apegando ao reservatório como a parte mais importante de suas residências.

Quatro vezes mais caras do que as de alvenaria, se e quando fossem fabricadas aqui no Estado, as cisternas de plástico foram empurradas no Nordeste pelo ministro da Integração, engenheiro Fernando Bezerra Coelho, a pretexto de beneficiar um irmão que as fabricaria em Petrolina, Pernambuco, o ancestral reduto político da família. A tramóia terminaria em cisternas, digamos assim, de pano.

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