Fogão natural é alternativa
No lugar de lenha, esterco; da produção de metano, produção de gás carbônico; da promoção de despesa e degradação do meio ambiente, a economia e a preservação dos recursos naturais. Essas são as principais características dos fogões movidos a biodigestor que vêm sendo utilizados por agricultores no Sertão e Agreste pernambucanos, como Maria Irene da Silva e Luiz Rosas, em Tacaimbó, Ivan Monteiro, em Tuparetama, e José João de Souza, em Afogados da Ingazeira.
Os fogões são alimentados por tecnologia que permite a produção de gás a partir das fezes de animais como boi, vaca, porco, cabra e ovelhas. As fezes são colocadas no que se chama caixa de entrada. Nela, os resíduos são submetidos à trituração e diluídos manualmente com água até atingirem o teor adequado de umidade. Em seguida, essa pasta segue por uma tubulação até o biodigestor, onde acontece a biodigestão a partir das bactérias e o resultado é a produção do biogás.
“Nunca mais comprei gás ou tive que correr atrás de lenha”, conta Maria Irene. A massa e o líquido que sobram são armazenados de forma que, expostos à ação de outras bactérias, são submetidos a reações bioquímicas e os transforma em biofertilizantes.