Cisternas levam agricultora a cuidar do meio ambiente

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A relação da agricultora Ivanilda Maria Tavares, 45 anos, com a natureza pode ser dividida entre antes e depois de ganhar duas cisternas.

“Descobri que a terra assim como as pessoas precisa ser alimentada, bem cuidada. Sem isso, pode não produzir”, disse.

Essa percepção nasceu em 2003, quando Ivanilda teve direito ao primeiro reservatório, conhecido popularmente como “cisterna de beber e cozinhar”.

A cisterna foi a primeira de São Caetano, no Agreste pernambucano.

Construída graças à parceria entre o governo federal e a Articulação do Semi-Árido (ASA), ela armazena até 16 mil litros de água.

Seis anos depois, Ivanilda ganhou a segunda cisterna.

Do tipo calçadão, por dispor de uma calçada por onde a água das chuvas escoa, esse reservatório tem capacidade para 52 mil litros de água.

A segunda cisterna tem como função garantir água para produção de alimentos, como frutas e verduras, e manutenção dos animais.

Começou aí o que Ivanildo chama de “grande mudança na cabeça”.

Ao ser incluída no programa, a agricultora passou a participar de treinamentos e de intercâmbios promovidos pela ASA.

“Vi que dava para ter alimento sem maltratar a natureza”, relembrou.

Por maltratar a natureza, explicou a agricultora, estava o uso de agrotóxicos, as queimadas frequentes e a monocultura.

Hoje na propriedade, de apenas um hectare, o plantio é variado, o adubo é orgânico e o fogo sumiu das práticas que antecediam o preparo do solo.

São técnicas, frisou Ivanilda, que aprendeu com a agroecologia.

A propriedade fica no Sítio Boqueirão. Ali, embora seja tempo de seca, existem plantações de macaxeira, banana, maracujá e uva.

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