Barramendenses aprendem a gerenciar sua água
Depois de um primeiro momento de triagem, as comunidades barramendenses de Lapinha, Melancia e Alagadiço, foram escolhidas definitivamente para serem beneficiadas com o primeiro lote de cisternas oriundas do Programa um milhão de cisternas, do Governo Federal. Conforme anunciamos anteriormente, serão 67 cisternas nesse primeiro lote, porém a previsão é que, só nessa etapa, Barra do Mendes seja contemplada com mais de 400 cisternas.
Os integrantes da comissão de cisternas afirmam que o trabalho deve se intensificar no mês de março e todas as famílias cadastradas para receber o benefício serão atendidas, inclusive as famílias da comunidade de Barrinha, incluídas na primeira seleção do Programa.
O curso – Nessa quarta-feira, 67 pais e mães de família, primeiros beneficiados pelo Programa, se reuniram para participar do Curso de Gerenciamento de Recursos Hídricos (GRH), oferecido pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) – unidade gestora da distribuição das cisternas no território de Irecê. Durante o curso, os alunos aprenderam, através de fotografias, vídeos e encenações teatrais, a importância de se cuidar da água que consumimos e como ela é importante para a nossa sobrevivência.
Mais especificamente, os barramendenses aprenderam a conviver com o semiárido e sua natural escassez de chuvas, aproveitando ao máximo os recursos hídricos que chegam. Dessa forma, eles aprenderam quais os cuidados precisam ser tomados para que o povo do semiárido tenha sempre em suas cisternas, e outros reservatórios, água de qualidade para o consumo humano.
Encenando sua própria realidade, barramendenses aprendem a gerir sua água – Foto: Henrique Oliveira
Outro ponto relevante foi a promoção da percepção de que água é bem essencial e não pode ser usado, em hipótese alguma, como moeda de troca em de qualquer espécie. Domingos Antônio, Coordenador técnico do Programa Um Milhão de Cisternas no território de Irecê, afirma que as famílias precisam entender como se dá o processo de chegada da água ao ser humano para que se administre melhor esse recurso natural e não se cometam os mesmos erros do passado. “Além de a gente ensinar como se administra á água, nós procuramos fazer com que as pessoas compreendam o semiárido, para que as famílias possam viver com cidadania”, afirma Antônio.
O curso foi realizado em dois dias e se encerrou hoje. Agora, capacitadas, as famílias poderão receber seus reservatórios para a aproveitar as tão esperadas águas de março que, oxalá, chegarão para a nossa terra.