Ato Público pela sustentabilidade do Semiárido
Nesta sexta-feira (29), centenas de agricultores e agricultoras se concentrarão na Praça da Rosa, no centro de Pesqueira, e suas vozes exaltarão a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos e a sustentabilidade do semiárido. O ato público, promovido pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), encerra o II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido, realizado desde o dia 27.
Um dia após a data que celebra a Caatinga – bioma exclusivamente brasileiro e característico da região semiárida – o ato percorrerá as ruas centrais do município e pretende chamar a atenção da sociedade para o modelo de agricultura que preserva a Caatinga e produz alimentos mesmo em tempo de seca. Assim como destacar o papel do agricultor familiar na elaboração de políticas públicas de convivência com a região semiárida.
O coordenador do Programa Uma Terra e Duas Águas da ASA, Antônio Barbosa, afirma que esse é um movimento em prol dos agricultores, trazendo à tona as necessidades da agricultura familiar, responsável por 60% dos alimentos consumidos pelos brasileiros.
A partir das 10h, inicia-se a concentração para o ato em frente ao Hotel Cruzeiro. Os participantes do encontro vão se unir a outros agricultores vindos do sertão e agreste de Pernambuco e os moradores locais. O público fará uma caminhada rumo à Praça da Rosa, onde haverá apresentações de grupos da cultura local, como o grupo Coco Raízes de Arcoverde, e uma feira de produtos artesanais.
Agricultura familiar no Semiárido e a ASA
O Semiárido é o endereço de 80% das famílias agricultoras do Brasil. Dados oficiais afirmam que a agricultura familiar emprega 77% dos 17 milhões de brasileiros que trabalham no campo.
A ASA surge do intuito de organizações que já atuavam no Semiárido de quebrar um círculo vicioso, no que se refere à desvalorização do saber tradicional, à baixa autoestima das famílias agricultoras e à negação de direitos à água, à terra, à segurança alimentar e nutricional etc. A ação desta rede com mais de mil organizações da sociedade civil tem influenciado a criação de políticas públicas de convivência com o Semiárido, com mudanças sociais, econômicas e ambientais na região.
Por Mariana Landim
Fonte: ASA (Publicado em 28/04/2011)