Comissão da ALMG recebe sugestões para projeto sobre tecnologia social

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A criação de um dispositivo legal para incentivar o desenvolvimento das tecnologias sociais no Estado é o principal objetivo do Projeto de Lei (PL) 3.815/09, discutido nesta quinta-feira (29/4/10) em audiência pública da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A reunião, requerida pelo deputado Almir Paraca (PT), teve como finalidade recolher sugestões para aperfeiçoar o projeto. O PL 3.815/09, de autoria do mesmo parlamentar, dispõe sobre a política de fomento à tecnologia social em Minas.

Tecnologias sociais podem ser definidas como as técnicas, produtos e metodologias desenvolvidas juntamente com a comunidade e que representam soluções efetivas para melhorar a qualidade de vida da população. Na audiência, Paraca lembrou que até mesmo uma solução simples como o uso do soro caseiro contra a desidratação pode ser considerada como tecnologia social, por seu impacto no combate à mortalidade infantil.

O deputado afirmou que o projeto pretende incorporar esse conceito à política mineira de ciência, tecnologia e inovação. “Estamos propondo trazer para a política de ciência e tecnologia essa visão da transformação social, da democratização do acesso à tecnologia e ao conhecimento, seja ele produzido nas universidades e centros de pesquisa, seja aquele conhecimento produzido ou apropriado pela comunidades”, declarou Paraca. Um dos objetivos do PL 3.815/09 é proporcionar a integração de saberes acadêmicos e populares na busca de soluções para inclusão social e melhoria de condições de vida de populações carentes.

A relatora do projeto, deputada Gláucia Brandão (PPS), disse que a audiência desta quinta-feira (29) abriu o diálogo com a sociedade sobre a proposição de autoria de Paraca. O deputado Carlin Moura (PCdoB) destacou o fato de o projeto prever a criação, pelo Poder Executivo, de uma agência de fomento às tecnologias sociais.

Cisternas captam água da chuva no semiárido

Além do uso do soro caseiro contra a desidratação infantil, os participantes da audiência pública apresentaram diversos exemplos da aplicação de tecnologias sociais no cotidiano. A presidente da organização não governamental Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA/Brasil), Valquíria Alves Smith Lima, falou sobre a implantação de cisternas de captação de água da chuva em cidades que sofrem com a seca. Segundo ela, as cisternas ajudam as populações desses locais a romper com o clientelismo. “Ninguém precisa mais vender seu voto para conseguir um caminhão-pipa”, afirmou Valquíria.

O coordenador da Bambuzeria Cruzeiro do Sul (Bamcrus), Lúcio Ventania, destacou a experiência da entidade, que ensina em comunidades carentes as técnicas de produção de móveis e outros objetos tendo o bambu como matéria-prima.

O gerente de divisão da Fundação Banco do Brasil, Marcos Fadanelli, apresentou o trabalho da instituição, que tem foco no incentivo às tecnologias sociais. Entre os projetos apoiados pela fundação est

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