Antologia reúne poesias de mulheres cordelistas de Sergipe

E 17 mulheres Vão lançar a Antologia Mostrando sua história Na arte da poesia Usaram o seu valor E transmitiram amor Para te encher de alegria Erika Santos
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Embalados pelos versos da jovem poetiza Erika Soares e de mais 16 mulheres cordelistas de Sergipe será lançamento no próximo dia 22 de março no Apcef (Clube da Caixa) em Aracaju (SE), o livro Das Neves às Nuvens – I Antologia das Mulheres do Cordel Sergipano. A antologia reúne a produção das 17 artistas que têm faixa etária de 15 a 84 anos.

“Com alegria compartilhamos e comungamos com todas as mulheres do Semiárido essa importante conquista para a literatura do cordel Brasileiro, Nordestino e sergipano. Organizar um feito desse porte exige de nós clareza no que tange as mais diversas lutas das mulheres, bem como os desafios que se enfrenta de modo geral, no tocante à custa de publicação de uma obra literária”, afirma com orgulho a cordelista e uma das autoras do livro, Daniela Bento.

Além das histórias de cada uma, a obra presta uma grande homenagem a Juana Inês de La Cruz, nascida em 1651, no povoado mexicano de San Miguel Nepantla. Ela foi uma freira e escritora do período barroco hispano-americano do século XVII que com a sua força, desafiou o universo masculino da época, e defendeu a igualdade de gênero ante o direito de pensar e de se expressar na escrita. Hoje reconhecida como a primeira feminista das Américas. Além de Juana, a publicação homenageia a sindicalista Margarida Alves e Maria das Neves Pimentel, primeira mulher cordelista da história do Brasil.

DAS NEVES ÁS NUVENS: I Antologia das Mulheres do Cordel Sergipano é a realização do sonho de muitas mulheres que tiveram sua voz e poesia negadas, como Maria das Neves e Juana Inês.  Neves teve seus versos negados em 1938, quando precisara assiná-los com o codinome de Altino Alagoano, devido à negatividade de mulheres na escrita naquela época.

Nesse sentido, Daniela Bento destaca que “Das Neves às Nuvens – I Antologia das Mulheres do Cordel Sergipano é esse cruzar de almas e vidas num palco onde ainda impera por vezes os ecos estridentes do machismo. Logo não haveria mês mais simbólico para a nascença dessa obra senão o mês de Março”.

 

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