Mulheres indígenas participarão de seminário sobre violência doméstica e sistema de proteção

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Durante três dias, cerca de 50 mulheres indígenas das etnias Tremebé, Pitaguary, Anacé, Jenipapo-Kanindé, Kanindé, Pitaguary e Tapeba participarão de debates e formações sobre a violência contra a mulher. De 17 a 19 de novembro, na casa de apoio localizada na Aldeia Pitaguary de Monguba, em Pacatuba, o Esplar Centro de Pesquisa e Assessoria promoverá um seminário sobre as causas da violência doméstica familiar, a aplicação da Lei Maria da Penha e o sistema de proteção às mulheres.

A advogada Magnólia Said e a antropóloga Cinthia Moreira, técnicas do Projeto “Fortalecendo Povos Indígenas”, mediarão o debate. Um dos objetivos do Seminário é que as mulheres indígenas compreendam por que e como acontece a violência contra a mulher e identifiquem maneiras de superá-la.

Em agosto de 2017, a índia Roseane Dantas foi assassinada pelo marido na Aldeia Pitaguary de Monguba. Na época, a Articulação de Mulheres Indígenas do Ceará (Amice) organizou um ato de repúdio ao feminicídio. A morte de Roseane é relembrada no evento como uma trágica consequência da violência doméstica.

A cartilha “Enfrentando a violência contra as mulheres”, organizada pelo Esplar, Centro de Pesquisa e Assessoria, será distribuída às participantes. A publicação explica a Lei Maria da Penha e traz atualizações. As educadoras explicarão como a lei é aplicada e orientarão as mulheres indígenas a elaborar estratégias de enfrentamento à violência doméstica e familiar nas aldeias e comunidades onde vivem.

O Projeto Fortalecendo Povos Indígenas é realizado pelo Esplar e pela Associação para o Desenvolvimento Local Co-Produzido ( Adelco) com financiamento da União Europeia.

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