V Feira Agroecológica das Mulheres contra a Violência aconteceu em Camamu (BA)

Mais de 300 mulheres do Baixo Sul da Bahia se reúnem para promoção da Agroecologia e enfrentamento da violência
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Mais de 300 mulheres do Território do Baixo Sul da Bahia estiveram reunidas na V Feira Agroecológica das Mulheres contra a Violência. O evento aconteceu no dia 02 de setembro, em Camamu-BA, com o objetivo de fortalecer a Agroecologia e chamar a atenção da população local para o enfrentamento da violência contra a mulher.

A iniciativa, realizada pela Articulação de Mulheres do Baixo Sul, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Camamu (STTR), Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop) e Koinonia, contou com uma grande diversidade de alimentos produzidos de forma saudável, como frutas, verduras, legumes, hortaliças, plantas medicinais e produtos beneficiados. A programação incluiu ainda muitas atrações culturais.

Marcaram presença mulheres agricultoras, assentadas, quilombolas, marisqueiras, pescadoras e de povos de terreiro dos territórios do Sul, Baixo Sul e Vale de Jequiriçá.

A agricultora Cremilda da Conceição Santos, da comunidade Lagoa Santa, Ituberá-Ba, diz que é a segunda vez que participa da feira porque acredita ser uma forma de contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar.

Para o coordenador geral do SASOP, Carlos Eduardo Leite, a feira possibilita uma melhor relação entre a agricultora e a consumidora. “Para o SASOP, a feira é muito importante porque contribui para a valorização da agricultura familiar e melhora a relação entre a agricultora e a consumidora, para que veja que está consumindo um alimento saudável. Este ano, percebemos uma maior participação de mulheres, mas ainda precisamos divulgar mais para que outras comunidades possam participar e mostrar o poder e o valor da mulher brasileira”, ressalta.

A agricultora Maria Andrelice Silva dos Santos (Del), integrante do Grupo de Mulheres do Assentamento Dandara dos Palmares, em Camamu, complementa que a feira é mais do que um espaço de comercialização, mas de troca de saberes, de valorização da Mulher agroecológica. “Minha maior satisfação é ver mulheres de outras comunidades presentes”, afirma, Del.

A Feira é realizada anualmente em parceria com as Associações Comunitárias, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), a Escola Agrícola Comunitária Margarida Alves, Centro Público de Economia Solidária (Cesol), Fundação Heinrich Böll Brasil, Actionaid, Terre des Hommes Suisse (TDH) e Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

* Entrevistas feitas por Lucas Santos, Adilton Quaresma

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