Família beneficiada com P1+2 garante qualidade de vida com produção

Compartilhe!

Dona Terezinha mostra orgulhosa o quintal | Foto: Arquivo Seapac

Dona Terezinha Moura de Lima sempre foi agricultora, e tem orgulho de dizer para todos o quanto essa profissão a faz feliz. “Eu sou agricultora desde criança, sempre ajudei meus pais no roçado, crio animais e não quero outra profissão”, disse.

Ela mora na comunidade Serra Preta, município de Cerro Corá, com o marido Edmilson Vicente de Moura, os cinco filhos e um genro. Terezinha conta que nasceu e se criou no pequeno sítio, que foi herança de sua mãe, mas a falta de água na região sempre foi um problema a ser enfrentado pela família. “Era preciso pegar água nas comunidades vizinhas daqui, muitas vezes trazia latas na cabeça e também carregava com ajuda dos burros, em barril”, explicou.

No final de 2013 a família de dona Terezinha foi beneficiada com o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), através da parceria entre o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), e conquistou uma barragem subterrânea para ajudar na produção e criação de animais em sua propriedade.

Terezinha não esconde a alegria pela conquista, e fala que o trabalho executado para realização do P1+2 foi importante para manter o gerenciamento de água na sua casa. “Estou muito feliz com essa barragem, ficarei mais ainda quando chover mais. O trabalho foi muito bem feito aqui, a equipe nos explicou todos os procedimentos. A gente também aprendeu muita coisa no curso que teve, para nos ajudar a ter um melhor controle com a água em casa”, contou.

A agricultora planta milho, feijão, fava e também faz o cultivo de uma horta para o consumo da família, onde costuma produzir cebolinha, coentro, pimentão, alface e quiabo. Além disso, ela cuida do caráter produtivo que foi implantado através do programa, a criação de ovelhas, que iniciou com 5 animais, hoje já são 16. “Eu cuido do roçado e da horta para minha família. As ovelhas que ganhei já tiveram outras e hoje a criação está só aumentando”, revelou.

A família tem um cultivo agroecológico | Foto: Arquivo Seapac

Terezinha ainda pretende começar um plantio de maracujá, junto com sua família, para aumentar a renda e ajudar nas despesas de casa, utilizando o terreno perto da barragem subterrânea, pois a terra é mais úmida. “Vamos começar um plantio de maracujá, que vai ajudar na renda da família quando estiver produzindo”, afirmou.

Com as tecnologias sociais da segunda água é possível garantir vida digna no Semiárido, melhorando a realidade e diminuindo as limitações e desafios enfrentados pelos agricultores e agricultoras dessa região. Além de promover sustentabilidade e incentivar a agricultura familiar, sem o uso de agrotóxicos, para realização de mais conquistas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *