Coordenação executiva da ASA-PE participa de formação do Programa Sementes do Semiárido
Atividade aconteceu no Sertão do Araripe e reuniu representantes do Ceará, Paraíba, Piauí e Pernambuco
No Araripe, a ação está sendo realizada pelo Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não Governamentais Alternativas (Caatinga), organização que sedia esse momento de formação. Durante os três dias estarão reunidos agricultores, representantes da ASA e técnicos/as de organizações gestoras do Programa nos estados do Ceará, Paraíba, Piauí e Pernambuco. No primeiro dia, também esteve presente o coordenador executivo da ASA pelo estado de Pernambuco, Edésio Medeiros.
Na ocasião, ele falou sobre a importância do Programa Sementes no contexto da convivência com o Semiárido e do envolvimento das famílias agricultoras no processo. “É preciso romper com as adversidades encontradas e enfrentar os desafios na execução do Programa. Apesar do modelo de disputa do agronegócio com a agricultura familiar, devemos seguir na luta para fortalecer as iniciativas das comunidades rurais e as estratégias coletivas de valorização das sementes crioulas para o desenvolvimento da agricultura familiar agroecológica”.
De acordo com Edésio, as organizações ainda precisam refletir e criar mecanismos para envolver a juventude camponesa. “Não podemos esquecer de que os jovens precisam se apropriar das experiências para dar continuidade às ações num futuro próximo”, complementa. Ainda no primeiro dia, dois agricultores multiplicadores puderam apresentar suas experiências de estocagem de sementes crioulas desenvolvidas no território do Araripe e os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a realidade do trabalho com sementes nos quatro estados, a partir dos avanços, entraves e desafios encontrados pelas organizações.Programa Sementes do Semiárido
O Programa atua nos nove estados do Semiárido, com dezenas de organizações responsáveis pela execução do projeto. Em Pernambuco, a Casa da Mulher do Nordeste, o Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá e o Caatinga são gestoras. Serão estruturadas mais de 600 casas ou bancos de sementes crioulas com os equipamentos necessários para o funcionamento. A ideia é envolver quase 13 mil famílias na perspectiva de fortalecer a independência de agricultores/as familiares e a cultura do resgate das sementes nos territórios.
