Dia Internacional da Mulher potencializa luta feminista no Sertão Central do Ceará

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Luta das Mulheres Camponesas | Foto: Rutiele Parente / Arquivo: IAC

Em comemoração ao dia 8 de março, a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas neste ano traz o lema “Mulheres em luta: pela soberania alimentar, contra a violência e o agronegócio”. Com isso, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Quixeramobim-CE em parceria com o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra/Brigada Antonio Conselheiro, reuniu 600 mulheres do campo e da cidade, que depois de marcharem pelas ruas do município levando faixas e cartazes com suas reivindicações, seguiram a um grande encontro que aconteceu na quadra do SESC.

“As companheiras vieram tranquilas, porque trouxeram seus filhos que ficaram na ciranda infantil que contou com 42 educadores em atividades recreativas”, enfatizou Rosa, diretora do STTR de Quixeramobim.

As margaridas foram recebidas com forró pé de serra, que abriu o encontro com muita animação, entoando os cantos de luta por direitos das mulheres. Na ocasião foram debatidos vários temas, dentre eles a reforma política, violência contra a mulher e suas implicações, participação das mulheres na construção da reforma agrária, agricultura familiar e na luta por moradia. “Quando as mulheres estão unidas, não tem quem vença, quando uma mulher avança, todas avançam. O maior ganho desse momento é a questão da automotivação, que elas saem daqui com todo esse aparato de ideias, de participação, de organicidade, de união como foi dito na construção das oficinas e para mim esse foi o maior ganho”, ressaltou Marina Vladia, assistente social do MST.

Após o almoço, teve até desenvolvimento de ginástica aeróbica para as mulheres, a fim de aquecê-las para o debate da tarde, que começou com os trabalhos de grupos, onde foram discutidos vários temas pertinentes a lutas das mulheres, culminando com a apresentação dos resultados dos trabalhos. “Pra mim esta é uma data muito importante, todo dia é dia da mulher, mas este é um momento da gente estar discutindo políticas públicas voltadas à mulher”, disse Tica, mulher de luta com 11 anos de atuação no MST.

Marcha para romper invisibilidade | Foto: Rutiele Parente / Arquivo: IAC

Para encerrar, uma linda ciranda encheu de alegria e beleza o encontro, onde foi feito o lançamento da Marcha das Margaridas 2015 que seguirão marchando para romper com a invisibilidade que foi imposta às mulheres durante anos.

Mesmo se fazendo presente nos espaços políticos para incidir nos rumos econômicos, sociais e ambientais do nosso país, as margaridas acreditam que não foi suficiente para romper com os padrões hegemônicos e conquistar uma nova cultura em nossa sociedade, na qual as mulheres sejam reconhecidas e respeitadas e possam usufruir de autonomia, igualdade e liberdade.

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