Fórum Microrregional do Sertão Central discute benefícios do Biodigestor no Semiárido

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Visita ao Biodigestor da família de seu Toxinha e dona Navegantes | Foto: Rutiele Parente/Arquivo IAC

No ritmo dos festejos de Santo Antônio, tradicionais no mês de junho em Quixeramobim, que se reuniu nos dias 10 e 11 o Fórum Microrregional de Convivência pela Vida no Semiárido (FMCVSA). Além de debater questões  pertinentes ao Fórum, o encontro promoveu a capacitação das comissões municipais.

Logo na chegada, as lideranças de Capistrano, Madalena, Ibaretama e Choró  receberam o material que subsidiaria o intercâmbio que aconteceu na mesma manhã no Assentamento Alegre, onde a experiência visitada seria um Biodigestor Sertanejo, implantado pelo Projeto Dom Helder Câmara, há seis anos.

Muito difundida na China e na Índia, a tecnologia de utilização de biodigestores é capaz de beneficiar o produtor rural, além de contribuir para a conservação ambiental. O biodigestor oferece o destino correto para os dejetos animais, produzindo o chamado biofertilizante e melhorando a produção agrícola. Além disso, a técnica produz o biogás, que pode aumentar a economia na propriedade e reduzir os impactos ambientais.

Empolgado por receber os participantes do Fórum em sua propriedade, o agricultor Toxinha não conseguia esconder a satisfação de ver as pessoas perguntando sobre os benefícios gerados pelo seu biodigestor. Ele ainda fez uma demonstração da eficácia do seu fogão movido à gás do biodigestor, chamando todos até a cozinha para ver de perto e comprovar que o fogo é igualzinho ao produzido pelo gás butano. Durante a visita foram discutidos sobre os diversos benefícios que a tecnologia do biodigestor traz a propriedade.

“A partir do momento em que o agricultor retira o esterco do gado do curral, ele já diminui e muito o problema com a mosca, pois quando adulta ela põe seus ovos no esterco, onde a larva se desenvolve e a medida em que se limpa o curral não tem como a mosca completar seu ciclo de vida”, ressalta o agrônomo Raul Bankiza. Danilo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Quixeramobim completa: “Sem falar no ganho ambiental, pois o agricultor deixa de retirar a madeira usada nos fogões a lenha, reduzindo o desmatamento e a intoxização por fumaça”.

Durante a tarde, Raul Bankiza falou sobre efeito estufa, aquecimento global, queimadas e o papel do Biodigestor na diminuição desses impactos ambientais.

O encontro encerrou com um debate sobre os desafios do Programa Uma Terra e Duas Água (P1+2), com foco na parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

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