Curso de Gapa: valorizando a agricultura familiar, construindo alternativas de convivência com o Semiárido
Participantes do curso de Gapa | Foto: Cleidiane Nogueira |
Com o brilho no olhar, a simplicidade no sorriso, a esperança renasce na vida de agricultores e agricultoras que sonham com um Sertão digno de se viver e pleno em oportunidades. Essas palavras refletem as expectativas das famílias do Semiárido ao participarem do processo de conquista das tecnologias de captação e armazenamento de água da chuva para produção de alimentos.
Foi nessa perspectiva que o curso de Gestão de Água para Produção de Alimentos ( Gapa) que aconteceu entre os dias 06 a 08 de maio na comunidade de Baixão, no município de Botuporã refletiu sobre a convivência com o Semiárido e a importância das tecnologias sociais no contexto da região.
O curso de Gapa evidenciou a importância da formação e da mobilização social durante a construção das cisternas de produção, as famílias puderam perceber durante as discussões, trabalhos em grupo, vídeos, místicas, visitas e mapa da comunidade o papel fundamental de cada um enquanto sujeito da realidade.
Com outro olhar sob o Semiárido, os sertanejos se tornam sujeitos das suas próprias histórias, a luta é árdua, mas alegria, resistência e coragem é o que não falta a esse povo.
Assim, os cursos de Gapa reforçam a valorização da agricultura familiar e reafirmam a identidade do homem e da mulher do campo. Através dos debates e reflexões durante o curso, agricultores e agricultoras do Sertão aprendem a conviver na região. Com algumas técnicas agroecológicas e a gestão adequada da água para produção, a vida floresce, e as famílias compreendem que não precisam sair do campo em busca de melhores condições de vida, pois é possível viver bem no Semiárido, desde que sejam aproveitados os recursos naturais que a terra nos oferece.