CDDH Antônio Conselheiro implementa tecnologias sociais de convivência com o Semiárido

![]() |
Família que conquistou uma cisterna-calçadão | Arquivo: CDDH AC |
Da necessidade surgem ideias e soluções criativas que vêm mudando a qualidade de vida de famílias do Semiárido brasileiro. São tecnologias sociais de convivência com o Semiárido, que vêm apresentando excelentes resultados para as famílias dessa região, em função do baixo custo e a facilidade de construção.
A cisterna de placas de primeira água (para consumo humano) acumula 16 mil litros, o suficiente para atender a uma família por um período de oito meses. As cisternas de segunda água acumulam 52 mil litros e são destinadas à produção de alimentos, garantem a segurança alimentar e a geração de renda. Além dessas têm as barragens subterrâneas, barreiros-trincheiras, casas de sementes e viveiros de mudas.
O Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CDDH-AC), desenvolve projetos de convivência com o Semiárido em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), para a construção de tecnologias sociais nos municípios de Pedra Branca, Piquet Carneiro e Mombaça, através do programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), por meio de contrato de patrocínio da Petrobras.
Noventa e nove famílias conquistaram as tecnologias em cada município com a implementação de 149 cisternas-calçadão, 48 barreiros-trincheiras, 96 cisternas-enxurrada, 04 barragens subterrâneas, 02 casas de sementes e 01 viveiro de mudas.
As famílias beneficiadas participam de palestras, cursos e intercâmbios no sentido de informar sobre o uso e conservação das tecnologias.
O agricultor Antônio Carlos, 33 anos, residente na comunidade de Sítio Carnaúba município de Piquet Carneiro foi beneficiado com a cisterna-enxurrada. Mostra com entusiasmo a cisterna cheia e faz planos para iniciar a produção de hortaliças que vai proporcionar renda extra para a família. Segundo ele, o acesso à água na comunidade é muito difícil, mas “com a construção da cisterna, agora vai ser diferente. Já tenho a cisterna de água pra beber, agora tenho pra plantar, isso é uma maravilha”, enfatiza Antônio.
As tecnologias sociais de convivência com o Semiárido estão mudando significativamente a vida de muitas famílias, tornando as comunidades autossuficientes e promovendo a cidadania.