Sociedade civil e governo baiano apresentam ações de convivência

Comitê baiano apresenta ações para convivência com o Semiárido. / Foto: Asacom-Casa Civil Bahia

O Comitê Estadual para Ações de Convivência com o Semiárido realizou terça-feira (14), no auditório da secretaria da Casa Civil, em Salvador, mais uma reunião para apresentar e debater experiências de convivência de agricultores e agricultoras familiares realizadas com o apoio de organizações que integram a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) em parceria com o governo estadual.

Fotografias, depoimentos e vídeos mostraram agricultores e agricultoras familiares, que mesmo diante de uma das maiores estiagens dos últimos 50 anos, com o acesso às tecnologias e alternativas de convivência com a região, estão passando por esse momento de seca sem grandes perdas na criação animal ou na produção de frutas, verduras e legumes.

O coordenador do Centro de Assessoria do Assuruá (CAA), Mário Augusto de Almeida Neto (Jacó), levou exemplos de comunidades que estão com suas lavouras verdes, por conta do trabalho da instituição. As tecnologias implantadas em parceria com o Estado e com o governo federal vão desde a construção de tanques de pedra e cisternas, até a implantação de barragens subterrâneas. “Tudo isso mostra que é possível trabalhar com o que temos. E precisamos ir além, garantindo sempre meios de produção”, disse o coordenador.

A reunião também contou com a presença do coordenador do Comitê e secretário da Casa Civil, Rui Costa, que ressaltou como essas experiências “podem e serão potencializadas, com a participação de todos e com a divisão de tarefas”. De acordo com a Assessoria do secretário a sincronia entre essas ações e a repercussão delas nos municípios em situação de emergência foram colocadas pelo secretário como tarefa para todos os participantes da reunião.

O momento vivido na Bahia foi definido também pelo técnico em agropecuária do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), Cícero Felix, como oportuno. “Este é o terceiro ano consecutivo de chuva abaixo do esperado. O uso de várias tecnologias é o caminho para a convivência”, afirmou. Ele apresentou o projeto de convivência com o Semiárido realizado pelo Irpaa na região de Juazeiro. A orientação escolar, ensinando aos alunos experiências, foi um dos pilares destacados.

O Comitê recebeu ainda o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, que apresentou as ações da federação por meio de um amplo programa batizado como “Viver Bem no Semiárido”. Com capacitação do produtor rural, entre outras ações, o programa possibilita a convivência com os efeitos da seca. “Estamos trabalhando para melhorar as condições de vida, com o foco na capacitação do homem do campo”, explicou Martins.

Com informações da ASACOM-BA/Casa Civil