Seminário debate impactos das mudanças climáticas na agricultura familiar

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Avaliar cenários e impactos das mudanças climáticas sobre a agricultura familiar e construir estratégias de enfrentamento aos desafios apontados pela nova realidade climática é o propósito do seminário Mudanças Climáticas e Agrobiodiversidade no Semiárido Mineiro. O evento, promovido pela Rede de Agrobiodiversidade do Semiárido Mineiro e o Centro de Agricultura Alternativa (CAA/NM),  começa nesta terça-feira (29), às 14h, no plenário da Câmara Municipal de Montes Claros, e termina na quarta-feira (30).

No primeiro dia será aberto o painel de discussão Mudanças climáticas, cenários futuros e impactos na agricultura familiar do semiárido de Minas Gerais, com a presença de pesquisadores, meteorologistas, organizações de assessoria, agricultores e agricultoras. Ao longo do dia da quarta-feira (30), o debate acontecerá no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG, com debates direcionados para o impacto das mudanças climáticas na agricultura familiar e consequências sobre a segurança alimentar para os povos que vivem nesta região. Além disso, serão debatidas as políticas públicas direcionadas a estes temas.

Fernanda Monteiro, pesquisadora do CAA-NM e coordenadora do evento, afirma que entre os objetivos está a identificação de indicadores de mudanças climáticas e das práticas e estratégias de enfrentamento frente os desafios apontados. “Queremos construir um entendimento mais amplo do público sobre o que está acontecendo, os efeitos sobre a agricultura  e a segurança alimentar da região”, relata.

Estarão presentes no evento pesquisadores de instituições federais de ensino e pesquisa,  organizações de assessoria do campo agroecológico e representantes do Ministério de Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente e Subsecretaria da Agricultura Familiar/SEAPA-MG. Participam ainda agricultores familiares e representantes dos povos e comunidades tradicionais do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha. “Estamos juntando o conhecimento técnico-cientifico com o saber local. Muitas vezes, eles observam efeitos semelhantes com pontos de vista distintos”, destaca Fernanda.

Internacional – Com o apoio do Fundo de Repartição do Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura sob a gestão da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o evento ganha proporção internacional. “As mudanças estão acontecendo em todos os locais, mas vamos olhar para a nossa região. O Semiárido pode ser uma das [regiões] mais atingidas”, diz Fernanda.

Ainda durante o evento, haverá um momento de Troca de Sementes Crioulas,  variedades nativas da região, conservadas pelos agricultores e agricultoras de forma tradicional por  gerações, adaptadas ao clima e a biodiversidade local. 

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