Seminário discute o papel da Comunicação no Semiárido Piauiense

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Hortência Mendes apresentou edições do boletim O Candeeiro. | Foto: Bruna Coimbra/Arquivo ASACom  

No município de Picos, região centro sul do Piauí, foi realizado o I Seminário de Comunicação e Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Piauiense, nos dias 22 e 23 de novembro, no Centro de Treinamento Diocesano. O evento é promovido pelo Instituto Comrádio do Brasil, com o apoio da instituição suíça Brucke Le Pount, em parceria com a Cáritas Brasileira Regional Piauí, Care Brasil, SIGNIS, Unicef e Instituto Federal do Piauí – IFPI.

Durante o Seminário foram apresentadas experiências exitosas na convivência com o Semiárido. A secretária da Cáritas Regional do Piauí, Hortência Mendes, apresentou a experiência do Programa Uma Terra e Duas Águas – P1+2, desenvolvido pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA Brasil). A Cáritas Regional do Piauí realiza o programa na Diocese de Picos desde 2008, atendendo 18 municípios da região. Neste ano, 258 famílias foram beneficiadas pelas ações da Cáritas Piuaí através do P1+2.  

“Viemos mostrar como a sobrevivência no Semiárido é possível se forem implantadas políticas públicas de convivência com a região, que promovam autonomia, geração de renda, soberania e segurança alimentar e sustentabilidade”, defende Hortência.
 

P1+2: uma alternativa de convivência

Hortência Mendes destacou que a metodologia de execução do programa é voltada para capacitação das famílias beneficiadas, proporcionando autonomia no desenvolvimento de novas práticas agroecológicas. Da mesma maneira, as tecnologias implantadas são recursos simples que envolvem toda a comunidade durante os processos de construção.

A secretária da Cáritas Piauí explicou também que o grande desafio da seca no local é a corrupção: “O problema do Semiárido é político, não climático”. A Cáritas Regional e diversas outras instituições em parceria com a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA Brasil) atuam no Piauí há mais de dez anos apontando soluções e alternativas de convivência – a exemplo de programas como o P1+2 – além de trabalhar junto às comunidades, contribuindo para organização dos grupos de agricultores e agricultoras e mobilizando as pessoas pelo direito de acesso a terra e à água.
 

A comunicação do Semiárido

Na abertura do Seminário nesta quinta-feira (22), houve palestra com Pedro Sánchez Coronel, secretário da SIGNIS – World Catholic Association for Comunication, que falou sobre os desafios e perspectivas da comunicação no desenvolvimento sustentável.

“É preciso saber ouvir; conhecer e estudar a realidade para contribuir com a sua transformação”
pontuou Sánchez, chamando a atenção dos comunicadores e das instituições que trabalham no semiárido, para a vivência com as pessoas que moram na região. Ele reforçou também que a comunicação é um processo e que, portanto, é inerente à mobilização e fundamental para a educação no Semiárido.

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