Encontro em Sergipe avalia Programa e analisa conjuntura política
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Em clima de muita resistência, a Sociedade de Apoio Sócio Ambientalista e Cultural (SASAC), realizou, nesta quinta-feira (17), na Cidade de Simão Dias, em Sergipe, o Encontro de Avaliação do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). O momento contou com a participação de 50 famílias que conquistaram suas tecnologias de água para o produção de alimentos e criação animal.
Seguindo o ritmo do último Encontro Estadual da ASA Sergipe, acontecido em novembro, foi realizada uma análise da conjuntura atual e os riscos e ameaças para todos os povos camponeses do Semiárido. Foi analisada a trajetória do Golpe e as estratégias das elites para combater conquistas importantes da luta do povo ao longo dos últimos 13 anos, com a aprovação da PEC 241/55 e a MP 746.
Utilizando a edição do Jornal Brasil de Fato que traz a cara dos traidores do povo do Semiárido, foi dada ênfase aos políticos sergipanos. A cada nome citado, os camponeses gritavam: “Golpistas, fascistas não passarão”.
Além da análise da conjuntura, tivemos as metas do Programa e roda de conversa sobre comunicação como direito e partilha dos produtos da Agrobiodiversidade. Este momento foi, sem dúvida, uns dos mais mágicos, uma troca de sementes dialogada, onde cada dono de semente apresentava suas sementes, suas características e a colocava a disposição para troca, aquele ou aquela que se interessasse pegava também sua semente, falava sobre ela e retribuía a partilha.
Ainda durante o encontro foi refletida a resistência da juventude que hora ocupam as escolas do País e do Estado de Sergipe também e foi pedido o apoio e colaboração financeira daqueles que queriam apoiar a resistência juvenil. E no estilo partilha, cada um fez sua oferta, o valor arrecadado foi destinado a duas escolas ocupadas no Alto Sertão Sergipano.
E foi nesse clima de luta e Resistência que o povo gritou mais uma vez: “Semiárido vivo e Nenhum Direito a Menos”.