“Gritos” do São Francisco será lançado no próximo dia 04

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Mais um aniversário do Velho Chico se aproxima. Chamado de Opara pelos povos nativos, o São Francisco fez e ainda faz parte da vida de milhares de pessoas ao longo de 514 anos. São quase 3 mil quilômetros de um rio que atravessa cinco biomas, dentre eles o Cerrado e a Caatinga, e que vem sofrendo uma diversidade de agressões desde sua nascente, na cidade de São Roque de Minas (MG) até a sua foz na praia do Pontal do Peba, em Piaçabuçu (AL).

Para “incomodar” um pouco o olhar e despertar a opinião das pessoas acerca da situação atual da Bacia do São Francisco e a perspectiva para um futuro próximo, o Irpaa produziu um curta-documentário que será lançado na internet, no próximo domingo (04), data em que se celebra o batismo do rio que recebe o nome de um homem comprometido com as causas sociais e demasiado amor à natureza.

Com imagens de diferentes situações em que o rio se encontra atualmente, acompanhadas de trilha sonora, o curta apresenta em cinco minutos diversos fatores e consequências que vem contribuindo para um futuro bastante incerto para os 504 municípios que fazem parte da Bacia, e, consequentemente, para o país.

A intenção do vídeo é também reafirmar a urgência de ações políticas em favor do São Francisco vivo o que já vem sendo defendido pelo Irpaa e um conjunto de organizações que há 10 anos  integram a Articulação Popular São Francisco Vivo.

Cerca de 16,14 milhões de habitantes (9,5% da população do país) dos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe dependem diretamente do São Francisco para viver, incluindo aí abastecimento, agricultura e pecuária, indústria, transporte hidroviário, turismo e lazer. O estado de Goiás e o Distrito Federal também integram a Bacia, que é formada por rios, riachos, ribeirões, córregos e veredas.

Os municípios baianos de Barra, Xique-Xique, Sento Sé, Pilão Arcado, Remanso, Sobradinho, Juazeiro, além de Petrolina (PE), que fazem parte do médio e submédio São Francisco, aparecem no documentário, representando o centro da Bacia, onde se concentra uma série de intervenções humanas que contribuem para o estado preocupante do rio. As marcas de trechos secos do Lago de Sobradinho aparecem como um “choque de realidade”, e despertando o espectador para a possibilidade real de uma morte anunciada do São Francisco.

No próximo domingo (04) o vídeo estará disponível no canal do Irpaa no youtube e nas redes sociais da instituição para amplo acesso e divulgação. Cópias também poderão ser solicitadas para exibição em eventos durante a semana e sempre que houver oportunidade de apresentar esta discussão que perpassa a vida não só dos/das ribeirinhos, mas de toda sociedade brasileira.

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