Famílias de Jucurutu celebram conquista de cisternas
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Aproximadamente 300 pessoas participaram da celebração em ação graças pela conquista de 204 cisternas da primeira água, por parte de igual número de famílias do município de Jucurutu, região Seridó do Rio Grande do Norte, nesta quinta-feira, 10 de setembro, na comunidade Chã dos Félix, na Serra de João do Vale. A missa foi presidida pelo bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos, e concelebrada pelo Vigário Episcopal para as Pastorais Sociais da Diocese de Caicó, Pe. Ivanoff da Costa Pereira, e o Pe. Alisson Bruno, vigário paroquial de Jucurutu, e a participação do Diácono Elimário.
Na comunidade Chã dos Félix, 64 famílias conquistaram as cisternas de 16 mil litros. “Ainda temos, nesta comunidade, cerca de 10 famílias que não conseguiram as cisternas. Mas temos esperança que ainda vamos ter outra oportunidade e elas também vão conquistar”, disse Geone Aureliano de Lima, presidente da Associação da comunidade. Outras 160 famílias da planície do município de Jucurutu também conquistaram as cisternas, fruto do contrato com a Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (SETHAS), do Governo do Estado.
Na pregação, Dom Antônio Carlos disse, a partir das leituras bíblicas, que a misericórdia é uma das formas como Deus ama o povo. “Podemos dizer que as cisternas são frutos da Misericórdia de Deus, mas, também, da união de vocês e do trabalho de muitas outras pessoas. Com as cisternas, vocês podem enfrentar a seca em melhores condições”, disse Dom Antônio Carlos.
Para as famílias que conquistaram as cisternas, elas significam muito em termos de acesso a água. “Aqui nós temos a adutora, que traz água da barragem Armando Ribeiro, mas a água só chega de quinze em quinze dias, às vezes até de mês em mês. Com as cisternas, temos como armazenar a água, quando chega pela adutora”, disse o Presidente da Associação da Comunidade, Geone Aureliano de Lima.
O senhor Aureliano José da Silva, de 71 anos, nasceu e se criou na comunidade Chã dos Félix. Para ele, as cisternas são uma bênção. “Antes, quando faltava água, a gente ia pegar nas cacimbas, nas grotas da serra, onde tem olho d’água, a mais ou menos dois quilômetros de distância. Agora, quando a água da adutora chega, a gente bota na cisterna e não falta mais”, disse o presidente da Associação.
Após a missa, houve a solenidade com a presença Presidente da Associação da comunidade, Geone Aureliano de Lima; do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jucurutu, Raimundo Nonato; dos Padres Ivanoff Pereira e Alisson Bruno; do Bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos; do Prefeito de Jucurutu, George Queiroz; e do coordenador da Linha de Convivência com o Semiárido, do SEAPAC, agrônomo Damião Santos.