Resistir é palavra de ordem no lançamento do Programa Sementes do Semiárido no RN

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O Programa de Manejo da Agrobiodiversidade – Sementes do Semiárido, que visa à construção e o fortalecimento de 52 bancos de sementes crioulas no Rio Grande do Norte, foi lançado na quarta-feira, dia 03, no Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais de Apodi, com a participação de mais de duzentos agricultores e agricultoras que serão atendidos pelo programa.

Preservar, resgatar, multiplicar e resistir foram palavras-chave do debate sobre sementes para explicar os objetivos do projeto, cujo maior desafio apresentado foi o de manter viva a tradição – através da participação das famílias, a cultura e a paixão pelas sementes crioulas, garantindo a soberania e segurança alimentar.

Ainda na ocasião, Mardônio Graça da ASA Alagoas, trouxe para a discussão as experiências do seu estado acerca do resgate das sementes e da lei estadual alagoana vigente, que garante a compra e a distribuição de sementes crioulas da agricultura familiar por órgãos do estado. 

O programa é uma parceria da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) com o Governo Federal através do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) e BNDES, que acontece em toda a extensão do Semiárido Brasileiro totalizando a construção e o fortalecimento de 600 bancos e casas de sementes.

As regiões do Mato Grande, do Médio e Alto Oeste Potiguar são alvos do programa que irá beneficiar comunidades rurais dos municípios de João Câmara, Bento Fernandes, Touros, São Miguel do Gostoso, Poço Branco, Pedra Grande, Pureza, Jandaíra, Apodi, Severiano Melo, Caraúbas, Campo Grande, Messias Targino, Olho D’água dos Borges, Janduís, Upanema e Umarizal.

De acordo com o coordenador da ASA Potiguar, Yure Paiva, essa é uma continuidade do Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido que a ASA vem construindo ao longo dos mais de 15 anos de trabalho no estado, através dos programas Um milhão de Cisternas (P1MC) e do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), contribuindo para a transformação social e a valorização da água como um direito essencial da vida. 

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